Levantamento da Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais (Funcraf), mais de 200 pacientes estão na fila para realizar o procedimento. Diante deste quadro o deputado Geraldo Resende (PSDB) esteve nesta segunda-feira (29/05) na Secretaria Estadual de Saúde para protocolar a solicitação de inclusão de cirurgias labiopalatinas no programa “MS Saúde: mais saúde, menos fila” do Governo do Estado.
O parlamentar esteve reunido com a diretora de Gestão Estratégica da Secretaria Estadual de Saúde, Maria Angélica Benetasso para apresentar a demanda. “São em sua maioria crianças que não podem esperar. O atraso pode significar a inviabilidade da cirurgia. Também tem de haver um acompanhamento multidisciplinar posterior a intervenção cirúrgica”, defendeu Resende, que é vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cirurgia Reparadora de Pessoas com Fissura Labiopalatina na Câmara Federal.
Especialistas acreditam que grande parte dos casos de fissura labiopalatina ocorre nas comunidades indígenas pela proximidade de laços consanguíneos entre os pais. “Quero fazer uma ação específica dentro dessas comunidades tradicionais. São procedimentos que nunca são priorizados. Já destinamos recursos para essas cirurgias, mas as demandas em saúde são tão grandes, que os valores destinados acabam sendo alocados para outras áreas também prioritárias”, explica.
A fissura labiopalatina caracteriza-se por uma abertura no lábio ou palato (céu da boca). Essas aberturas resultam do desenvolvimento incompleto do lábio ou do palato, enquanto o bebê está se formando, antes de nascer. Sabendo da realidade do sistema de saúde e das dificuldades de atendimento pelo SUS, o parlamentar se comprometeu com a causa e propõe a realização de ações do governo do Estado, como parte do Programa “Mais Saúde, Menos Fila”, envolvendo equipes médicas e hospitais, possibilitando que crianças com essas malformações congênitas possam ter atendimento e serem submetidas às cirurgias reparadoras.
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