Brasil inicia produção nacional de vacina contra virus sincicial respiratório e medicamento para esclerose múltipla

Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Distribuição pelo SUS da vacina deve começar em novembro; produção do natalizumabe reforça oferta de tratamento para pacientes

O Instituto Butantan passará a produzir no Brasil a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em parceria com a Pfizer, anunciou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (10). A expectativa é que as primeiras 1,8 milhão de doses estejam disponíveis ainda este ano, com início da distribuição pelo SUS na segunda quinzena de novembro.

O imunizante será aplicado em gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, em dose única, com o objetivo de transferir anticorpos para os bebês, protegendo-os nos primeiros meses de vida, período em que são mais vulneráveis às complicações do VSR. A doença é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos.

Dados do ministério indicam que cerca de 20 mil bebês com menos de um ano são internados anualmente no Brasil devido ao vírus, com risco ainda maior entre prematuros, que têm mortalidade sete vezes superior à de crianças nascidas a termo. Estima-se que a vacina possa prevenir até 28 mil internações por ano, beneficiando aproximadamente 2 milhões de bebês nascidos vivos.

O ministério também anunciou a produção nacional do natalizumabe, medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla. A transferência de tecnologia será realizada pela farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan, no âmbito de uma parceria de desenvolvimento produtivo (PDP). Atualmente, o medicamento é oferecido pelo SUS desde 2020, mas só conta com um fabricante registrado no país.

O natalizumabe é indicado para pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade, que representam cerca de 85% dos casos, especialmente quando outros tratamentos não apresentam eficácia adequada. A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, prejudicando a condução de impulsos elétricos responsáveis pelo controle das funções do corpo, e atinge principalmente adultos jovens entre 18 e 55 anos.

Segundo o Ministério da Saúde, a produção nacional tanto da vacina quanto do medicamento busca ampliar a autonomia do país em insumos estratégicos para a saúde pública, garantindo maior acesso da população a vacinas e tratamentos essenciais.

*Com informações da Agência Brasil

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