Aumento expressivo em casos de hepatite A em Campo Grande acende alerta na secretaria de saúde

Foto: Ações fazem parte da Campanha Julho Amarelo (Foto: Arquivo/Assecom)
Foto: Ações fazem parte da Campanha Julho Amarelo (Foto: Arquivo/Assecom)

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informa à população sobre o aumento no número de casos de hepatite A em Campo Grande neste ano. Em 2024, já foram registrados 60 casos da doença, sem óbitos. No ano passado, não houve nenhum caso de hepatite A na cidade. Esse crescimento não se limita a Campo Grande: outras capitais, como São Paulo e Florianópolis, registraram aumento de casos no ano passado, e mais recentemente Curitiba também observou elevação nos registros.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está em constante diálogo com o Ministério da Saúde para implementar novas ações de controle da hepatite A. A pasta já iniciou o levantamento do perfil epidemiológico dos pacientes, realizando busca ativa de novos casos e orientando todas as pessoas que tiveram contato próximo com os infectados.

Com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde, também elaborou uma nota técnica direcionada a profissionais e instituições de saúde das redes pública e privada. A Sesau conta, ainda, com a parceria da mídia para que informações importantes cheguem ao público.

Doença, contaminação, detecção e tratamento

A hepatite A é uma doença infecciosa causada por um vírus, de evolução autolimitada e que pode ser prevenida por vacina. A transmissão é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal.

Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo e o contato sexual. Os sintomas se manifestam inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.

São sinais ainda da doença a urina escura e a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue. Não há nenhum tratamento específico para hepatite A.

O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, principalmente o medicamento paracetamol, que pode piorar o quadro. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda. É de extrema importância que o isolamento de contato seja realizado até o final da segunda semana da doença.

Prevenção e vacina

  • Lavar as mãos sempre, principalmente antes do preparo de alimentos;
  • Lavar os alimentos e deixar de molho por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio (água sanitária);
  • Cozinhar bem os alimentos;
  • No caso de locais públicos ou de grande circulação de pessoas, fazer a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
  • Evitar rodas de tereré, incluindo compartilhamento da bomba e o compartilhamento de narguillé.

A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias). A vacina também está disponível no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para pessoas acima de 1 ano de idade, com algumas condições de saúde como, por exemplo, os portadores de Hepatopatias crônicas, da hepatite B e coagulopatias, doença imunodepressora, fibrose cística, trissomias e pessoas vivendo com HIV ou Aids.

O CRIE em Campo Grande está localizado no ambulatório do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), situado na Avenida Engenheiro Lutero Lopes, n.º 36, Bairro Aero Rancho.

Com informações da Sesau.

Confira as redes sociais do O Estado Online no  Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *