Agora é oficial: Brasil inclui crianças na vacinação contra a COVID-19; saiba os detalhes

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

O titular do Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou agora há pouco que o governo federal incluiu oficialmente a faixa etária dos 5 aos 11 anos de idade na vacinação contra a COVID-19. Durante a coletiva de imprensa, realizada hoje (5) na sede da pasta em Brasília, o ministro e seus assessores confirmaram que somente o imunizante Pfizer será utilizado para o fim.

Dentre as informações preliminares, com base na análise de segurança e eficácia realizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e entregue no último dia 16 de dezembro, o ministério assegurou que não haverá obrigatoriedade em se apresentar prescrição médica na hora da vacinação e que a criançada também irá tomar duas doses. O intervalo, nesse caso, será de oito semanas em vez dos 21 dias para adultos. Seguirão os mesmo critérios de dosagem vigentes para ambos os públicos.

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Ministro Marcelo Queiroga durante a coletiva de imprensa. Foto: Walterson Rosa/Ministério da Saúde

Entretanto, em caráter de recomendação, a titular da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19, médica Rosana Leite de Melo, pediu que os pais e responsáveis consultem um médico antes de levarem suas crianças para tomarem a vacina. “Deve-se ter um cuidado muito maior na hora de imunizar nossas crianças”, justifica.

Sobre as oito semanas necessárias entre doses para as crianças, Rosana pontuou que, dessa forma, “mais anticorpos neutralizantes são criados no indivíduo”. Já para o possível risco de miocardite (inflamação na parede do coração). a secretária afirmou que é “muito menor” caso se respeite o tempo de intervalo estipulado. “Trabalhos demostram que acima dos 21 dias para os adulto haverá mais proteção a um possível efeito adverso”, esclarece.

Assim como acontece com os adultos, há recomendação de ordem de prioridade para a faixa etária dos 5 aos 11 anos. No caso, o ministério orienta que aquelas com comorbidade, sejam PCDs (pessoas com deficiência), ribeirinhas/quilombolas/indígenas, em situação de rua, etc., ganhem à frente o imunizante. Isso será definido por cada gestão municipal.

Ainda em tom de recomendação, o ministério pediu que as secretarias de Saúde optem por iniciar a vacinação seguindo a ordem decrescente, ou seja, das crianças mais velhas até as que possuem 5 anos.

Veja a íntegra da coletiva no vídeo a seguir:

Doses

Também durante a coletiva, Marcelo Queiroga revelou que o ministério já preparou um cronograma para entrega de doses a nível nacional. Segundo o censo de 2020 feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há no Brasil 20 milhões de crianças na nova faixa etária. Como haverá necessidade de vacinar duas vezes, o número de doses duplica para em pouco mais de 40 milhões.

Em tratativas com a Pfizer, o governo brasileiro acordou que até o fim do 1º trimestre deste ano receberá o total de quantitativo de imunizantes. De acordo com o calendário, as primeiras doses serão entregues em três voos já no mês de janeiro (dias 13, 20 e 27). O total iniciado para cada uma das entregas é de 1,24 milhões de doses a serem distribuídas pelo ministério.

Ainda não foi informada a divisão às 26 unidades federativas e o Distrito Federal.

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Calendário com as estimativas de entrega das doses pediátricas ao Brasil. Foto: Reprodução/YouTube

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