Vereadores debatem crise da Santa Casa e querem que prefeitura investigue gastos

Foto: Reprodução
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A situação crítica da Santa Casa de Campo Grande foi um dos principais temas debatidos na 11° sessão ordinária desta quarta-feira (27) na Câmara Municipal. Os vereadores Rafael Tavares (PL), Jean Ferreira (PT), Dr. Lívio (União) e Dr. Vitor Rocha (PDSB) se manifestaram sobre a crise financeira e operacional do hospital, destacando a necessidade de medidas urgentes para evitar o colapso total do atendimento.

O primeiro a se pronunciar foi Rafael Tavares (PL), que alertou para a gravidade do problema e anunciou que apresentará um requerimento para investigar os valores repassados à Santa Casa. Ele destacou manchetes recentes que apontam a crise financeira do hospital e a falta de condições para atender os pacientes. Segundo o vereador, é fundamental entender como os recursos estão sendo utilizados, incluindo gastos com insumos, serviços e salários. “Não podemos permitir que vidas estejam em risco enquanto não tomamos providências”, afirmou.

Na sequência, Jean Ferreira (PT) reforçou a necessidade de uma revisão profunda na gestão financeira do hospital. Ele chamou atenção para o déficit mensal de R$ 13 milhões e cobrou uma atuação mais firme da prefeitura. O vereador destacou que a secretária municipal de Saúde esteve em Brasília buscando recursos, mas defendeu que os repasses sejam feitos com mais eficiência. “O governo federal está enviando recursos, mas a prefeitura precisa administrar melhor essa verba para que a saúde não entre em colapso”, disse.

A discussão ganhou ainda mais força com a fala do vereador Dr. Lívio (União), que afirmou que a saúde pública de Campo Grande já colapsou. Para ele, a crise na Santa Casa é reflexo de uma gestão financeira desorganizada, marcada por suplementações orçamentárias irresponsáveis. Ele destacou a falta de medicamentos, a superlotação dos hospitais e a extensa fila de espera por atendimento como sintomas de um problema maior. “Se a prefeitura não tomar uma atitude urgente, a população vai sofrer ainda mais”.

Concordando com os colegas, Dr. Vitor Rocha (PSDB) ampliou o debate ao apontar que a superlotação da Santa Casa é consequência direta da falta de leitos hospitalares na cidade. Ele defendeu a necessidade de expandir a estrutura hospitalar e fortalecer a atenção básica como forma de reduzir a pressão sobre o hospital. Além disso, destacou a importância de garantir o abastecimento de medicamentos e melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde. “O problema não é apenas a Santa Casa, mas a estrutura hospitalar da cidade. Precisamos ampliar os leitos e reforçar os serviços para evitar um colapso ainda maior”, afirmou.

Diante da gravidade da situação, os vereadores concordaram que a crise exige uma resposta imediata do poder público. A Câmara Municipal se comprometeu a acompanhar o problema de perto e buscar soluções para garantir um atendimento digno à população de Campo Grande.

 

Por Brunna Paula e Sarah Chaves

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