Na sessão de ontem (31), na Câmara Municipal de Campo Grande, a subsecretária de Políticas para a Mulher, Carla Stephanini, e a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa, utilizaram a Tribuna, para falar sobre a importância do combate à violência contra a mulher.
Stephanini relatou sobre a importância da conscientização de uma pauta de grande importância na sociedade. “Hoje, finalizamos a campanha do Agosto Lilás. Se celebra a Lei Maria da Penha, que completa 17 anos. Ao longo deste mês, fizemos várias atividades de conscientização com rodas de conversas, palestras falando da importância da prevenção e das diversas formas de violência contra as mulheres”, apontou a subsecretária.
A subsecretária ainda detalhou que a Lei Maria da Penha trás todas as manifestações de violência contra as mulheres, como sexual, patrimonial, física e psicológica. Durante a sessão, Stephanini, divulgou os meios de acesso das mulheres aos serviços de atendimento e proteção às vítimas.
“O feminicídio é um a morte evitável, mas precisamos investir na união entre poder público, inciativa privada e sociedade civil, para que, efetivamente, possamos promover uma vida de respeito e dignidade para as mulheres”, completou.
Aproveitando o espaço, a delegada Elaine Benicasa falou das várias ações realizadas pela Polícia Civil durante o mês. Citou a Operação Bellatrix, que, no início do mês, levou para a cadeia cerca de 25 agressores de mulheres em todo o Mato Grosso do Sul.
“A Polícia Civil oferece não apenas o acolhimento da vítima, mas também proporciona essa sensação de punição a quem comete violência doméstica. Foi um mês intenso, com resultados bastante positivos”, afirmou.
Segundo Benicasa “não podemos apenas olhar para o presente e reclamar da situação”. “Temos que perceber e fazer um exercício constante de olhar para trás. Temos que perceber o quanto conquistamos, ou não iremos nos motivar para a batalha contra a violência”, disse.
Ela apontou, ainda, o aumento no número de boletins de ocorrência registrados por mulheres vítimas de violência. “Há um aumento no número de BOs. A subnotificação está caindo. As mulheres estão confiando, cada vez mais, nas políticas públicas. Por outro lado, o feminicídio tem diminuído. Porém, há muito o que ser conquistado”, finalizou.
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