Senadora Simone Tebet acredita que chegará ao segundo turno

Simone Tebet
Foto: Divulgação/Redes sociais

Representante da 3ª via acredita que seu nome cresce na campanha

Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado

Pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) acredita que chegará ao segundo turno das eleições este ano. Contra a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela vislumbra que o tom adotado na sua campanha eleitoral será uma população que “merece votar em quem realmente quer, e não naquele que considera menos pior”. 

Na visão da senadora, a “terceira via”, por ela representada, pode se sobressair e emplacar durante a campanha.

“Não tenho dúvidas de que nós temos condições de ir para o segundo turno e ganhar as eleições. Eu sou a pré-candidata menos conhecida e que tem menor rejeição do eleitorado”, pontua. 

Com percentuais que ainda não chegam aos dois dígitos nas pesquisas divulgadas, Simonte aposta no voto feminino e diz que pode conquistar uma parcela importante desse eleitorado, ainda que não seja protagonista entre os pré-candidatos, neste momento. 

“Sou a única mulher [na corrida presidencial] com apoio de três partidos, o MDB, PSDB e o Cidadania. E o mais importante, quem pontua nas pesquisas são os dois candidatos mais rejeitados. Então, tenho certeza de que o Brasil merece votar em quem realmente quer, e não naquele que considera menos pior.” 

CPI do MEC

A senadora foi uma das primeiras a assinar o requerimento de abertura da CPI do MEC (Comissão Parlamentar de Inquérito), e enxergou a investigação necessária antes mesmo de o ex-ministro Milton Ribeiro ter sido preso pela Polícia Federal. 

O requerimento foi apresentado na última terça-feira (28), ao Senado Federal, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-PE) para apurar as denúncias de corrupção dentro do Ministério da Educação. Ao todo, o pedido foi protocolado com 31 assinaturas – quatro além das 27 exigidas pelo Regimento Interno da Casa Legislativa. 

“Nós estamos falando de denúncias gravíssimas, de esquema de corrupção dentro do ministério mais importante do Brasil, que é o Ministério da Educação. É um dos ministérios com mais recursos. Recursos esses que estão faltando para aplicar desde a infraestrutura das escolas a valorização dos professores”, destaca a pré-candidata. 

Repúdio 

Nesta semana, a senadora repudiou, com veemência, no Senado Federal, as acusações de prática de assédio sexual por parte do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães contra funcionárias. Ele pediu demissão na quarta-feira (29), após o escândalo se tornar público. Ele é investigado pelo Ministério Público Federal. 

Em defesa dos direitos femininos e do combate à violência contra as mulheres, a parlamentar defendeu uma 

Moção de Repúdio em respeito às inúmeras brasileiras que sofrem com este crime no ambiente de trabalho. Lamentou que a maioria das mulheres “ferem a sua dignidade” porque não têm condições de ficar sem emprego e comprometer o sustento de suas famílias.

“Lamentavelmente nós temos casos e não são poucos. Apenas 15% das mulheres pedem demissão, quando quem deveria ser demitido é o agressor”, disse a parlamentar, constatando que tal assédio abala psicológica e moralmente as mulheres. 

Ao longo do seu discurso, no qual cobrava a demissão de Pedro Guimarães, a senadora foi informada de que ele tinha acabado de pedir demissão. Mesmo assim, manteve o pedido de Moção de Repúdio por parte do Senado Federal. Também pediu a aprovação, pela Câmara, do projeto que prevê multa para empresas que desrespeitarem a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função e a mesma carga horária. 

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