Razuk vira réu por organização criminosa e jogo do bicho

Foto: Luciana Nassar/Arquivo
Foto: Luciana Nassar/Arquivo

Juíza aceitou denúncia e deputado vai ser investigado

Acusado de chefiar uma organização criminosa que explora o jogo do bicho em Campo Grande, o deputado estadual Neno Razuk (PL) virou réu, sendo que a denúncia foi aceita pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal. Como tem foro privilegiado, Neno Razuk ainda pode contar com o apoio dos deputados estaduais para se livrar da denúncia por organização criminosa e exploração do jogo do bicho. O procedimento será o mesmo adotado em relação ao deputado estadual Jamilson Lopes Name (PSDB).

No entanto, o nome do parlamentar ficou “oculto” e não aparece no despacho publicado nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial da Justiça. O bolsonarista foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Sucessione. Conforme a ação penal, que tramita em sigilo, a suposta organização criminosa estaria usando da violência, inclusive com roubos de malote, para assumir o controle do jogo do bicho na Capital, que ficou sem mandante após a Operação Omertà contra a família Name.

No despacho disponibilizado no Diário da Justiça, a magistrada identifica os réus Diego de Sousa Nunes, Mateus Aquino Junior, Valnir Queiroz Martinelli, Madnoel Jose Ribeiro, Taygor Ivan Moretto Pelissari e Gilberto Luis dos Santos e outros. Santos é o major da reserva da Polícia Militar conhecido como “G Santos”, que é assessor do deputado estadual. A investigação contra Neno Razuk começou quando o Garras flagrou 700 máquinas do jogo do bicho em uma casa no Bairro Monte Castelo. O assessor do deputado estava no imóvel, mas ele negou qualquer ligação com a jogatina.

“Diante do exposto, considerando que os acusados não preenchem os requisitos para proposta do acordo da não persecução penal, seja por integrarem organização criminosa armada e nessa condição terem praticado os crimes imputados na denúncia, seja por estarem presentes outras características incompatíveis com o instituto, como o emprego de violência e grave ameaça e imputação de crimes cuja pena mínima, consideradas as majorantes aplicáveis ao caso, superam 04 (quatro) anos, recebo a denúncia ofertada neste auto pelo Ministério Público Estadual”, concluiu a juíza.

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