A bancada do PT na Câmara dos Deputados iniciou um processo estratégico de reuniões com os candidatos à presidência da Casa para 2025. O objetivo das conversas, que devem ocorrer até a próxima semana, é avaliar as propostas dos concorrentes que buscam suceder o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). A escolha do novo líder é vista como crucial para o PT, já que ele terá forte influência nas pautas que serão votadas no próximo ano.
Entre os principais nomes na disputa estão Antonio Brito (PSD-BA), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Hugo Motta (Republicanos-PB). O PT já sondou Brito e Nascimento para reuniões individuais, previstas para a semana que vem, embora, até o momento, o partido não tenha declarado apoio oficial a nenhum dos candidatos. O encontro com Antonio Brito estava inicialmente agendado para esta quinta-feira (17), mas foi adiado em razão da agenda do presidente Lula na Bahia, relacionada ao programa Pé-de-Meia.
O partido está concentrado em garantir que temas importantes para sua base, como direitos trabalhistas, políticas sociais e pautas ambientais, estejam entre as prioridades dos candidatos à presidência da Câmara. A escolha de quem liderará a Casa em 2025 é vista como um ponto-chave para a aprovação de projetos importantes para o governo.
Nos bastidores, a sucessão de Lira tem movimentado articulações intensas. O Partido Social Democrático (PSD), que teve um bom desempenho nas eleições municipais de 2024, deseja usar esse capital político para impulsionar Antonio Brito à presidência e afastar o Republicanos da disputa. Especula-se que há um acordo informal entre Brito e Elmar Nascimento, no qual o candidato que não passar para o segundo turno apoiará o outro na fase final da eleição.
O PT, por sua vez, está discutindo internamente qual candidato seria mais adequado para receber seu apoio. Enquanto alguns parlamentares defendem o alinhamento com nomes que já possuem uma trajetória mais próxima dos interesses do partido, outros acreditam que é importante eleger alguém com maior capacidade de articulação política, capaz de dialogar com diferentes correntes da Câmara, o que poderia resultar em uma gestão mais equilibrada.
As reuniões são vistas como parte de um esforço mais amplo de articulação política do PT, em um momento em que o partido enfrenta desafios para aprovar projetos centrais no Congresso. A escolha do novo presidente da Câmara está prevista para fevereiro de 2025, e o resultado terá um impacto significativo na política brasileira no próximo ano.
Com informações do SBT News
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