PT derruba liminar de Dandara Tonantzin e confirma Edinho Silva como novo presidente nacional

Edinho Silva ao lado do senador Humberto Costa (PT-CE) - Foto: reprodução/redes sociais
Edinho Silva ao lado do senador Humberto Costa (PT-CE) - Foto: reprodução/redes sociais

O Partido dos Trabalhadores (PT) conseguiu reverter, nessa segunda-feira (7), a liminar que havia sido concedida à deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) no fim de semana, obrigando o partido a incluí-la na disputa pelo diretório estadual da legenda em Minas Gerais. Com a decisão favorável, o PT confirmou Edinho Silva como novo presidente nacional da sigla.

Ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho era o candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representante da ala majoritária do partido. A apuração dos votos, concluída nesta segunda-feira, havia sido adiada devido à liminar obtida por Dandara, que suspendeu as eleições internas apenas em Minas Gerais.

Minas representa cerca de 10% do colégio eleitoral interno do PT. Sem os votos dos filiados mineiros, o anúncio do novo presidente nacional havia sido adiado. Com a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), as eleições regionais serão retomadas e a votação em Minas Gerais ocorrerá no próximo domingo, 13 de julho, conforme informou o presidente interino do partido, senador Humberto Costa, em coletiva de imprensa.

A candidatura de Dandara havia sido impugnada pelo diretório nacional do PT na semana passada devido à inadimplência de contribuições partidárias, conforme exige o estatuto da legenda. Segundo as regras, todas as dívidas dos candidatos deveriam estar quitadas até 29 de maio. No caso da deputada, um débito de aproximadamente R$ 125 mil não foi regularizado dentro do prazo.

Dandara recorreu à Justiça alegando que havia realizado o pagamento pontualmente, mas que o Banco do Brasil teria falhado no processamento do boleto. A liminar concedida no sábado (6) havia obrigado o PT a reincluí-la na disputa, provocando o adiamento da eleição mineira. O partido, no entanto, contestou a decisão e obteve vitória em segunda instância nesta segunda-feira.

Foto: reprodução/redes sociais

Na decisão, o desembargador Roberval Belinati afirmou que não há evidências de falha bancária. “Das provas apresentadas, entre elas um e-mail do Banco do Brasil, não se extrai qualquer indicativo de que o pagamento agendado para o dia 29/05 não se efetivou por falha da instituição bancária. Notadamente, a instituição financeira não admite qualquer erro, nem mesmo apresenta justificativa para o não pagamento do boleto”, escreveu.

Ainda segundo o magistrado, a quitação tardia compromete a organização financeira da legenda e infringe o princípio da isonomia. “A inclusão tardia da candidata, nessas condições, revela-se temerária e prejudica os demais pré-candidatos que eventualmente foram impedidos de concorrer pelo mesmo motivo”, concluiu.

Novo ciclo na liderança do PT
Com a confirmação da vitória de Edinho Silva, o PT inicia um novo ciclo de liderança nacional. A expectativa é de que, sob sua condução, o partido aprofunde o diálogo interno e avance na preparação para as eleições municipais de 2026, além de fortalecer a articulação com o governo federal.

Nos próximos dias, a direção nacional deve divulgar os detalhes da posse de Edinho e os próximos passos da agenda partidária. Já em Minas Gerais, os filiados se preparam para retomar o processo eleitoral interno no próximo domingo, com a disputa pela presidência estadual ainda em aberto — agora, sem a presença de Dandara entre os candidatos.

 

Com informações do SBT News

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