PSDB tem meta de monopolizar prefeituras em Mato Grosso do Sul

convenção PSDB
Foto: Nilson Figueiredo

Ninho tucano já chega a 49 prefeitos, sendo que 20 deles vão à reeleição 

Após conseguir se manter no poder em 2022 com a eleição do governador Eduardo Riedel (PSDB), o PSDB tem como meta eleger o máximo de prefeitos e vereadores em todos os municípios de Mato Grosso do Sul em 2024, já visando 2026. Para isso, tem promovido uma campanha agressiva para atrair novos filiados, sem pudor, até mesmo, digamos, “passando a perna” em partidos adversários, atraindo prefeitos com mandato para sua sigla. Em declaração recente, o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, afirmou que o partido não tem nenhuma restrição, o que já ocorreu no passado. Agora, segundo ele, as portas estão abertas para quem quiser se aliar, mostrando que o mais importante não é ideologia, mas conseguir manter o poder a qualquer preço.

No total, o PSDB já tem, no seu quadro, 49 prefeitos filiados no Estado e as filiações devem continuar. Dados recentes do partido apontam que 20 prefeitos tucanos disputarão a reeleição em 2024. Onde não puder mais sair para reeleição, os prefeitos tetarão emplacar um nome para sucessão, sendo do PSDB ou aliado político. Segundo o presidente estadual da sigla, Reinaldo Azambuja, o número de candidaturas próprias pode chegar a 60.

“Vamos ter candidatura própria nas grandes cidades: Campo Grande (Capital), Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e estamos construindo também em Corumbá. Nas cinco maiores cidades, provavelmente, teremos candidatura própria e estamos discutindo em outras. Acredito que a gente deve ter entre 50 e 60 candidatos e candidatas no PSDB. Em outros municípios, vamos apoiar aliados, que deram suporte à eleição do Eduardo, que estiveram junto com a gente no governo. Não está fechado ainda, porque a política é muito dinâmica, às vezes uma cidade, em que há uma candidatura hoje, amanhã, ela deixa de existir”, disse Reinaldo.

Azambuja fez questão de pontuar que não existem divergências quanto às candidaturas no partido, e sim muitos nomes fortes disponíveis para disputa, citando como exemplo Dourados, que tem como pré-candidatos do partido: o deputado federal Geraldo Resende, deputados estaduais Zé Teixeira e Lia Nogueira e, segundo Reinaldo, alguns outros nomes que querem migrar para o PSDB. Tanto em Dourados como em qualquer outro município em que houver disputa interna, o critério de escolha será o mesmo. “Em qualquer cidade, o critério é vermos quem agrega mais, quem tem aceitação e baixa rejeição, o que, muitas vezes, impede uma campanha majoritária de prosperar. Às vezes, o candidato até tem uma boa pesquisa quantitativa, nesse momento, só que a rejeição o impede de crescer, então é um candidato fadado a não ter um bom resultado eleitoral”, disse.

O presidente destacou também que as mudanças nas leis eleitorais forçam os partidos a construir legendas fortes e competitivas para se manter e ter bons resultados. “Hoje em dia, não sobreviverão mais as legendas que não tiverem chapas constituídas com lideranças fortes, que têm votos e o exemplo já foi com a eleição passada. Mudou agora, não permanece a mesma regra, o que valeu em 2022 não será a mesma regra de 2024. O PSDB elegeu seis deputados estaduais, a Lia teve 15.200 votos e hoje é deputada com mandato. E, nós tivemos deputados que se candidataram em outras legendas, que fizeram 24, 18, 17 mil votos e não foram eleitos, por quÊ? Porque a legenda era fraca. Hoje, a inteligência nos impele a construir legendas fortes, que é aquela em que há candidatos competitivos. Na eleição passada, na Capital, elegemos três vereadores do PSDB. Eu acho que nós temos condição de montar uma legenda que eleja 7 ou 8 vereadores. Então, temos uma legenda bem mais forte e com muito mais opções para quem disputa eleição, porque é muito melhor disputar 8 ou 9 vagas do que, muitas vezes, disputar duas vagas só. A lógica, com o novo modelo da reforma política, ocorrida em 2022, é fortalecer as legendas. Vamos buscar fazer legendas fortes em todas as cidades, para fortalecer a representação no Legislativo”, definiu Reinaldo Azambuja.

Por Daniela Lacerda

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