O presidente do Progressistas (PP) de Mato Grosso do Sul, Marco Aurélio Santullo, declarou, ao jornal O Estado, que é improvável que o diretório estadual do partido consiga obter cargos no governo federal. Essa afirmação foi feita em resposta a questionamentos sobre o relacionamento do partido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que manifestou apoio ao PP e ao Republicanos, após pressões de membros do centrão por maior espaço no governo.
Lula deu sinal verde para que seus aliados negociem cargos de destaque no primeiro escalão do governo, além de órgãos importantes como a Caixa Econômica Federal e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A estratégia do presidente, segundo fontes do Palácio do Planalto, é articular essas nomeações de forma conjunta, visando contemplar grupos políticos inteiros e não apenas partidos isolados. A avaliação, tanto do governo quanto dos membros do centrão, é de que uma negociação abrangente de cargos terá um efeito mais significativo na formação da base parlamentar de Lula do que trocas pontuais na Esplanada dos Ministérios.
Diante desse contexto, Marco Aurélio Santullo foi questionado sobre a possibilidade de o PP-MS conseguir indicar membros para ocupar cargos no governo. Ele foi enfático ao afirmar que é improvável, ressaltando que todas as decisões envolvendo o diretório nacional passam primeiramente pelo crivo da senadora Tereza Cristina.
“É pouco provável que algumas dessas tratativas cheguem ao PP de Mato Grosso do
Sul. Acredito que sejam discussões do diretório nacional e do presidente Arthur Lira. Além disso, tudo que for de decisão envolvendo o diretório regional de Mato Grosso do Sul primeiramente passa pelas decisões da senadora Tereza Crsitina”, disse o presidente do PP-MS, Marco Aurélio Santullo.
Questionado sobre o que acha da aproximação do PP com Lula, o deputado federal Dr. Luiz Ovando e vice-presidente do partido no Estado preferiu manter o silêncio e não deu retorno via assessoria até o fechamento da edição. O Progressistas tem buscado ampliar sua participação no cenário político nacional, principalmente após o aceno positivo de Lula em relação ao partido e ao Republicanos. No entanto, a declaração de Santullo indica que o diretório estadual do PP em Mato Grosso do Sul enfrentará dificuldades em obter cargos no governo federal, uma vez que as decisões sobre as indicações são tomadas em âmbito nacional e dependem da aprovação da senadora Tereza Cristina, que tem um papel influente no partido e pode não querer desagradar o eleitorado bolsonarista do Estado.
Cenário
A única certeza que há, por ora, entre auxiliares próximos do presidente Lula é que deputados do PP e Republicanos pediram e ele está disposto a oferecer dois ministérios, mas os cargos que serão ofertados não estão fechados. Se Lula arrastar a negociação, deverá frustrar uma ala do centrão. Deputados aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), esperavam que as trocas ministeriais começassem a ser feitas entre esta e a próxima semana. (Com Folhapress)
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