Precisamos falar da dengue

Tiago Botelho acredita
que seu nome será
definido pela militância
do PT como pré-candidato, em Dourados.|Foto: Arquivo pessoal
Tiago Botelho acredita que seu nome será definido pela militância do PT como pré-candidato, em Dourados.|Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a World Health Organization, a dengue está listada entre as dez maiores ameaças à saúde global. O Brasil, apenas em 2024, registrou mais de 650 mil casos e 113 mortes pela doença, quatro vezes a mais que no ano de 2023. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul confirma 2.816 casos da doença e investiga três mortes. O surto da dengue, infelizmente, não é uma novidade no país, sua primeira epidemia registrada foi em 1981 e, desde então, de tempo em tempo a doença ataca com maior intensidade. O Ministério da Saúde prevê que os números de casos de dengue podem chegar a 4,2 milhões em 2024.

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que se prolifera com maior intensidade em regiões tropicais de maior umidade, pois o mosquito necessita da água parada e de preferencialmente parcialmente limpa, como da chuva, para depositar seus ovos e larvas para crescerem. É importante que o leitor saiba que o Aedes aegypti é vetor de três diferentes doenças: dengue, chikungunya e Zika Vírus.

A prevenção contra o mosquito é fundamental, pois trata-se de uma ameaça à saúde pública e cabe, com maior intensidade, à União, ao Estado e ao Município construir condições para que se combata a dengue. Ao Município resta a parte mais prática de combate, pois é ele quem vai treinar os agentes de combate, controlar o vetor e eliminar os criadouros que podem existir em domicílios, terrenos baldios e depósitos de lixos. A vacina contra a dengue, por escolha do governo do Presidente Lula, entrou no Calendário Nacional de Vacinação pela primeira vez em fevereiro de 2024 e está sendo distribuída para 521 municípios.

É bem verdade que cabe ao poder público, com maior intensidade, criar políticas públicas para combater a dengue, mas não basta, a responsabilidade é, também, de todos nós, pois em grande parte são em nossas residências que o mosquito se prolifera. Sendo assim, cabe à sociedade uma força tarefa para limpar as calhas e lajes das casas, manter limpos e fechados recipientes e locais de armazenamento de água, guardar de forma adequada, é vedada garrafas e recipientes que possam represar água virando um criadouro do mosquito.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou ao Brasil a vacinação em massa, dando prioridade às crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. O país seguiu a recomendação e já recebeu 750.000 doses da vacina Qdenga, parte do primeiro lote, e espera, para esse ano, receber mais 1,32 milhão. Para 2025, foram contratadas 9 milhões de novas doses. O Brasil, felizmente, tornou-se o primeiro país do mundo a incluir a vacina contra a dengue no serviço público de saúde com distribuição gratuita. A luta contra a dengue é um dever coletivo, cabe ao poder público com maior intensidade, mas cada um de nós, da sociedade civil, somos co-responsáveis na luta contra o mosquito. Vacine-se o mais rápido possível!

Por Tiago Botelho.

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