Após possíveis definições resta ainda disputa na segunda-secretaria
Parlamentares que desejavam cargos na Mesa Diretora já se conformam com exclusão na última semana, antes da eleição em 1° de fevereiro. Ao que tudo indica nos bastidores, Gerson Claro (PP) e Paulo Corrêa (PSDB) mantêm o favoritismo para ocupar os cargos de presidente e primeiro-secretário. Enquanto deputados como Lidio Lopes (Patriota) e Mara Caseiro (PSDB), que demonstraram interesse na função de presidente, não empolgam tanto, assim como o de Jamilson Name (PSDB) a primeiro-secretário.
Após a vitória do governador Eduardo Riedel (PSDB) no segundo turno, Lidio Lopes acreditou que tivesse apoio dele para tentar a presidência do Legislativo, já que seu partido e a esposa, prefeita Adriane Lopes, apoiaram Riedel durante a campanha final em Campo Grande e no interior. Mas isso não aconteceu.
Lopes colocou o nome à disposição, mas as articulações em torno de sua figura não tiveram tanto sucesso quanto a de Gerson Claro. A deputada Mara Caseiro, que foi a mais votada na eleição passada, também argumentou sobre seu preparo para a função, e o fato de ser um marco histórico, já que a Casa de Leis nunca foi ocupada por uma mulher, porém sua candidatura também não emplacou entre os caciques do PSDB.
O fato é que as semanas foram passando e Riedel optou pela neutralidade, deixando que os próprios interessados articulassem seus respectivos interesses entre os parlamentares. Gerson Claro teve apoio da senadora Tereza Cristina, presidente regional do Progressistas e aliada de Riedel. Somado a isso, Londres Machado, que também é do PP, passou a apoiar Claro entre os deputados.
O PSDB deseja a primeira-secretaria e tem dois parlamentares na disputa. Paulo Corrêa, por enquanto, é o favorito. Para tentar consenso entre a bancada e aliados, o PSDB convocou reunião na próxima segunda-feira (30). O presidente regional, ex-governador Reinaldo Azambuja, ajudará os parlamentares nas definições.
Na semana passada, Zé Teixeira (PSDB) disse ao jornal O Estado que estaria disposto a ocupar outros cargos na Mesa, como segunda ou terceira-secretaria. O nome dele também havia surgido como interessado na presidência, no entanto não teve apoio. Os postos de segunda e terceira-secretaria também são alvos de disputa. O PT quer a segunda-secretaria e indicou Pedro Kemp (PT). E nesta semana, para a surpresa de todos, Coronel David (PL) reivindicou o cargo.
Faltando poucos dias para finalizar as negociações, tudo indica que Lidio Lopes, Jamilson Name, Mara Caseiro e Zé Teixeira não alcançarão os cargos almejados inicialmente.
“PL reivindica a posição”, diz Coronel David sobre segunda-secretaria
O deputado estadual Coronel David (PL) entrou em embate com o deputado Pedro Kemp (PT) pela segunda-secretária na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O Partido dos Trabalhadores já havia declarado que estaria disposto ao cargo, mas o bolsonarista diz que vai para a disputa caso não haja consenso pelo seu nome. “O PL reivindica a posição de segundo-secretário também, até porque o nosso nome vem angariando bastante apoio entre os deputados. Iremos para a disputa”, disse ele ao jornal O Estado.
Com a empreitada de David haverá mais um ponto a ser decidido entre os 24 deputados eleitos, já que a intenção da maioria, após a posse em 1° de fevereiro, é eleger uma chapa única. David ficaria com o cargo de terceiro-secretário, mas não quer a posição.
O parlamentar, de certa forma, se recusa a votar em Pedro Kemp por motivos ideológicos, já que Kemp é do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Kemp afirmou ao jornal O Estado que vota em David para terceiro-secretário, mas não vai abrir mão do posto de segundo-secretário da Casa de Leis. “A definição dos cargos da Mesa Diretora da Assembleia nunca obedeceu a critérios ideológicos. A chapa que estamos construindo busca um consenso do que é melhor para a administração da Casa de Leis. Permaneço com meu nome na segunda-secretaria e espero contar com o apoio dos colegas, inclusive do David. O nome dele estando na chapa na terceira-secretária, com certeza terá o meu voto”, disse o petista.
Até dia 1° de fevereiro haverá muito diálogo entre os parlamentares.
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado do MS.
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