Para Tebet escolha para o IBGE foi pessoal do presidente Lula

Foto: Ministra Simone Tebet disse que vai conversar com o novo presidente do IBGE/Ministra Simone
Tebet disse que vai
conversar com o novo presidente do IBGE/Reprodução
Foto: Ministra Simone Tebet disse que vai conversar com o novo presidente do IBGE/Ministra Simone Tebet disse que vai conversar com o novo presidente do IBGE/Reprodução

Ministra afirmou que não foi avisada, mas acataria qualquer nome 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comentou a escolha do economista Marcio Pochmann, do PT, para ser o novo presidente do IBGE, anunciada na noite de quarta-feira (26), pelo ministro Paulo Pimenta. Ela disse que Lula fez uma “escolha pessoal”, que não havia sido avisada sobre a indicação do petista antes do anúncio do chefe da Secom, mas que “acataria” qualquer nome.

Sem responder a perguntas, Simone afirmou a jornalistas que o próximo passo será marcar uma reunião com o futuro presidente do IBGE na semana que vem, “quando a agenda permitir” e que, agora que sabe o nome dele, terá “o maior prazer de atender, portanto, o pedido do presidente Lula”. As informações são do “Radar”, da revista “Veja”.

Ela disse ainda que não faz pré-julgamentos e que vai ouvi-lo primeiro, sabendo que há “um lado” falando bem do economista e outro que tem feito “questionamentos”. “Eu não quero saber do passado, quero saber do presente. A conversa será técnica e ele será tratado como técnico e será muito bem-vindo à nossa equipe. Ele continuará no IBGE enquanto estiver atendendo aos interesses da sociedade brasileira”, comentou.

A ministra também fez questão de dizer que o atual chefe interino do instituto, Cimar Azeredo, “foi um presidente técnico e cumpriu uma missão exemplar, sem nenhum ruído, conseguindo fazer de um limão uma grande limonada ao trazer e apresentar para o Brasil o Censo”. E citou o “diagnóstico preciso que o IBGE, enquanto instituto sério e responsável, costuma fazer”.

Consenso para troca 

Ao se manifestar sobre o assunto, ela declarou que já havia um consenso dentro do seu ministério e do Palácio do Planalto, de que “nós faríamos, no momento oportuno, a troca do presidente do IBGE”.

“Também fui avisada, já não é de agora, de alguns dias, que o presidente da República teria um nome e gostaria de fazer uma escolha pessoal em relação à presidência do IBGE. Naquele momento, não perguntei por nomes e muito menos o faria, porque acho mais do que justo esse pedido. E digo por quê. Eu quero deixar muito claro para vocês o seguinte: o presidente não me fez um pedido até hoje. Nenhum pedido, dentro do ministério ou fora. Aliás, ele não me pediu sequer para apoiá-lo no segundo turno. Vocês se lembram de que eu fiz uma declaração de apoio antes mesmo de conversar com o presidente Lula? Diante disso, nada mais justo e óbvio do que atender o presidente Lula, independentemente do nome que ele apresentaria, que ele ainda não havia me apresentado”, afirmou a ministra.

“Então, diante disso, como o ministro (Paulo) Pimenta, não sabendo que, na reunião que tivemos com o presidente, não havíamos citado o nome, anunciou preliminarmente, e já está colocado, o nome será oficializado no momento certo, depois da conversa que teremos, na semana que vem com o presidente Lula”, complementou. 

Na sequência, ela falou dos  próximos passos após a decisão do chefe: “Acataremos qualquer nome que venha. O nome já tá posto? Sim, está. Será esse? Confirmei com a Casa Civil, confirmei com o ministro Padilha se era o nome que eles estavam mencionando. Eles confirmaram que sim e agora o próximo passo é, na semana que vem, marcar uma reunião, quando a agenda permitir, com o economista e professor da Unicamp, Marcio Pochmann, que agora que eu sei o nome dele, terei o maior prazer de atender, portanto, o pedido do presidente Lula. Quero antecipar que não faço pré-julgamentos, portanto, aqui não vou atender a nenhum questionamento que me façam, que eu sei a ordem, de que ordem virá, porque já fui muito pré-julgada na minha vida profissional e política. Eu vou ouvi-lo primeiro, né?”, finalizou a ministra Simone Tebet.

Por – Alberto Gonçalves  

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