Meses após o suposto atentado contra a ex-prefeita de Jardim, Clediane Areco Matzenbacher (PP), uma operação coordenada pela Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia e do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em quatro endereços, relacionados a três alvos da investigação na cidade, um deles inclusive na casa da ex-chefe do Executivo que perdeu a eleição em 2024 para Juliano da Cunha, o Guga (PSDB).
Durante as investigações, levantou-se a suspeita de que o crime teria sido forjado por um grupo político ligado à própria ex-candidata à reeleição. Na manhã de ontem (17), na operação, foram apreendidos celulares que são de posse do poder público municipal, que estavam com Clediane Areco. Foram encontrados com os demais alvos, além de celulares, dispositivos eletrônicos ligados ao crime de contravenção.
A ação deve esclarecer a dinâmica do suposto atentado contra a ex-prefeita, identificando seus autores, eventuais coautores e possíveis articulações envolvendo interesses políticos e ações fraudulentas ex-prefeita e pessoas ligadas a ela. Os envolvidos foram ouvidos e o inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público e Poder Judiciário. Todo o material apreendido será periciado.
Ao Jornal O Estado, Clediane destacou que confia no trabalho de investigação policial. “Desde a noite do crime sempre atendeu prontamente e sempre nos colocamos a disposição para auxiliar no que for possível. Acredito que em breve se chegará aos responsáveis pelo atentado e seus mandantes e que com isso a justiça seja feita”, declarou.
Caso
Em setembro de 2024, um mês antes das eleições municipais, a prefeita Clediane Areco, era candidata à reeleição e teve a casa atingida por vários tiros durante a madrugada do dia (29), em uma ação filmada por câmeras de segurança.
As imagens mostram o momento em que dois suspeitos em uma moto se aproximam da residência, param em frente ao local e efetuam diversos disparos, sendo que um chegou a atingir uma janela de vidro da casa.
A investigada, ex-prefeita afirmou que estava dormindo e foi acordada com o som dos tiros. A Polícia Militar foi acionada e a Polícia Civil deu início às investigações.
Alfinetada
No auge das campanhas políticas, durante um evento do do candidato tucano Juliano da Cunha Miranda, o Guga, que viria a se tornar o prefeito eleito, o ex-governador, Reinaldo Azambuja já tinha comentado o caso. “Para de inventar atentado fraudulento. Não existe mais isso gente. Não adianta mentir para Jardim, a decisão da eleição é feita no voto”.
Por Carol Chaves
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