Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, morreu na madrugada desta quarta-feira (19), aos 90 anos, na Capital paulista. A causa da morte ainda não foi divulgada. Lembo governou São Paulo entre 2006 e 2007, após a renúncia de Geraldo Alckmin (PSB), que deixou o cargo para concorrer à Presidência da República.
O governo de São Paulo decretou luto oficial de três dias em homenagem ao ex-governador. Em nota oficial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o falecimento e destacou a importância de Lembo para a história política do estado.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também prestou homenagem ao político em uma postagem nas redes sociais. “Se tem alguém que cumpriu sua missão, esse alguém foi Cláudio Lembo. Cidadão exemplar, com excelente formação e um homem público que não deixa uma única observação negativa”, escreveu Kassab.
O sepultamento de Cláudio Lembo será realizado às 16h desta quarta-feira, no Cemitério do Araçá, em São Paulo.
Carreira política e acadêmica
Nascido em São Paulo, Lembo formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e concluiu o doutorado na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Advogado e autor de diversos livros, ele teve uma extensa carreira acadêmica e pública.
Entre os anos 1970 e 1990, Lembo exerceu diversos cargos de secretário no governo de São Paulo. Foi prefeito interino da capital paulista entre 1986 e 1989.
No governo federal, Lembo atuou como chefe de gabinete do ministro da Educação, Marco Maciel, entre 1985 e 1986, durante o governo de José Sarney (MDB). Posteriormente, voltou a trabalhar com Maciel na vice-presidência da República, entre 1995 e 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Lembo concorreu ao Senado Federal em 1978 e foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Aureliano Chaves, nas eleições de 1989.
Em 2002, foi eleito vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo de 2003 a 2006. Assumiu o governo de São Paulo em março de 2006, após a saída de Alckmin para disputar a Presidência da República.
Cláudio Lembo era filiado ao PSD desde 2011 e continuava sendo uma referência na política paulista. Sua trajetória foi marcada pela defesa do diálogo e da moderação no cenário político nacional.
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