O Governo Federal anunciou nessa terça-feira (25), em Brasília, a inclusão da Malha Oeste como uma das prioridades da nova Política Nacional de Concessões Ferroviárias. O trecho de 1.600 quilômetros entre Corumbá e Mairinque (SP), considerado estratégico para o escoamento de cargas agrícolas e minerais, aparece como o segundo projeto da carteira de concessões prevista para 2026. O Ministério dos Transportes destacou, durante coletiva, que a decisão atende à demanda de estados e empresas interessadas na retomada do transporte ferroviário no país.
Segundo a pasta, a Malha Oeste receberá licenciamento ambiental antecipado pela União, com o objetivo de acelerar etapas e permitir o lançamento do edital já em abril de 2026. Os técnicos também atualizaram os estudos de demanda, considerando o avanço da produção mineral e o crescimento do setor de celulose, e afirmaram que os novos dados darão base mais sólida à modelagem financeira da concessão. O governo negocia com o BNDES um modelo de financiamento capaz de tornar o projeto mais atrativo, reforçando que a atual concessionária, a Rumo Logística, não terá direito de preferência no processo, abrindo espaço para a entrada de grupos internacionais.
As intervenções previstas incluem troca de bitolas, recuperação de trechos ociosos e criação de conexões voltadas ao setor de celulose, obras estruturais que estarão contempladas no edital. A Malha Oeste seguirá entre os dois primeiros editais ferroviários a serem lançados em 2026, ao lado da EF-118 (Rio de Janeiro–Espírito Santo). A nova Política Nacional de Concessões Ferroviárias também foi detalhada na coletiva: o conjunto de regras busca padronizar contratos, estabelecer parâmetros de qualidade, corrigir distorções antigas e ampliar a capacidade de escoamento de cargas. Ao todo, oito projetos compõem a carteira do próximo ano, incluindo corredores logísticos no Sul, no Nordeste e entre Maranhão e Pará.
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