A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá presa em um presídio na Itália, conforme decisão da Justiça italiana divulgada nesta sexta-feira (1º). A parlamentar, que estava foragida e incluída na lista vermelha da Interpol, foi detida na última terça-feira (29), na região central de Roma. Ela passou por audiência de custódia e agora aguarda os trâmites do processo de extradição ao Brasil.
Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir sistemas e adulterar documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde então, era considerada foragida da Justiça brasileira.
Processo de cassação em andamento
Além do processo de extradição, a deputada também é alvo de um processo de cassação na Câmara dos Deputados. O caso tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e deve ser retomado na semana do dia 4 de agosto, com o fim do recesso parlamentar. No entanto, a retomada depende da apresentação do parecer pelo relator Diego Garcia (Republicanos-PR).
A CCJC pode recomendar a cassação do mandato ou o arquivamento do processo. Caso a cassação avance, a decisão final caberá ao plenário da Câmara. Para que Zambelli perca o mandato, são necessários ao menos 257 votos favoráveis dos deputados.
Reações políticas
Após a prisão de Zambelli, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em publicação na rede social X (antigo Twitter) que a Casa já está adotando as providências cabíveis.
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) também se movimentou e protocolou um pedido na CCJ para que a perda do mandato da deputada seja declarada de forma imediata, assim que o recesso chegar ao fim.
Zambelli ainda não se pronunciou publicamente sobre a prisão ou o processo de cassação.
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Lula recebe ministros do STF em jantar de solidariedade a Moraes após sanções dos EUA