A Vara Criminal de Sidrolândia aceitou mais uma denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) contra os investigados na Operação Tromper, que apura um complexo esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações e contratos superfaturados na prefeitura do município. Entre os 14 réus está novamente o ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra.
A nova acusação é resultado da 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada em 5 de junho deste ano pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e forças de segurança do Estado. A investigação aponta que o grupo criminoso continuou atuando mesmo após as fases anteriores da operação e a aplicação de medidas cautelares.
Segundo o MPMS, o esquema teria movimentado cerca de R$ 20 milhões desde 2017, por meio de fraudes em licitações de obras públicas e uso de empresas de fachada para o desvio de recursos. O grupo também é acusado de pagar propinas a agentes públicos e lavar o dinheiro obtido de forma ilegal.
Além de Claudinho Serra, também são réus o pai dele, Cláudio Jordão de Almeida Serra, sua esposa, Mariana Camilo de Almeida Serra, o ex-assessor Carmo Name Junior, Jhorrara Souza dos Santos Name, esposa de Carmo, Cleiton Nonato Correia, dono de empreiteira, Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura”, Juliana Paula da Silva, Rafael Paulo da Silva, Valdemir Santos Moção, o “Nanau”, Thiago Rodrigues Alves, apontado como intermediário das negociações, Jessica Barbosa Lemes, Sandra Rui e Edmilson Rosa.
O Ministério Público ressalta que Claudinho Serra desempenhava papel central no esquema. “Possui as variadas e robustas frentes de apoio mais evidenciadas nas novas provas obtidas na 4ª fase da operação, com notória capacidade de ocultar valores e de se utilizar de terceiros para a prática de novos atos ilícitos”, diz trecho da denúncia.
Na deflagração da 4ª fase, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e três de prisão nas cidades de Campo Grande e Sidrolândia. Entre os presos estão Claudinho Serra, Carmo Name Junior e Cleiton Correia.
A defesa de Claudinho informou que ainda não teve acesso à denúncia. Já a defensa de Carmo Name, preferiu não comentar o caso, pois está analisando a documentação para preparar a defesa.
O processo segue em andamento na Justiça de Sidrolândia e os réus respondem por crimes de corrupção, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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