Haddad diz que safra recorde e dólar mais baixo vão ajudar a reduzir preço de alimentos

Haddad destaca que o dólar subiu no mundo inteiro e que o panorama ruma à estabilidade. Foto: Diogo Zacarias/M
Haddad destaca que o dólar subiu no mundo inteiro e que o panorama ruma à estabilidade. Foto: Diogo Zacarias/M

Em entrevista, ministro da Fazenda também afirmou que a atual situação do País é bem melhor que a encontrada pelo presidente Lula, e que a inflação dos alimentos é mais baixa que no governo anterior 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma combinação de fatores como a safra recorde prevista para 2025, a valorização do salário mínimo e a estabilização do dólar devem resultar na redução dos preços dos alimentos e no aumento do poder de compra dos brasileiros. O cenário foi traçado em entrevista à Rádio Cidade de Caruaru, na manhã desta sexta-feira (7/2).

“O Plano Safra do ano passado foi o maior da história e a partir de março vamos começar a colher a safra, que vai ser recorde. Vamos colher como nunca colhemos alimentos e também grãos. Tem o ciclo do boi também que está no final e isso vai ajudar a normalizar essa situação”, afirmou o ministro. O Governo e o mercado do agro preveem safra de 322, 47 milhões de toneladas a serem produzidas no Brasil em 2025.

Haddad também destacou que a recuperação dos salários representa outra medida acertada para enfrentar o quadro. “Depois de sete anos o presidente Lula retomou a política de valorização do salário mínimo. Aumentar o salário-mínimo é uma das formas de garantir que o trabalhador mantenha seu poder de compra”, disse.

O ministro da Fazenda explicou que houve uma valorização do dólar em todo o mundo em razão da eleição presidencial nos Estados Unidos. “A eleição do Donald Trump fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro, as moedas perderam valor. Agora, se você acompanha o que está acontecendo, o dólar esta perdendo força, chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos. Isso também colabora para redução do preço dos alimentos no médio prazo”, disse.

Ele também destacou que as ações do Governo Federal para manter a moeda em um patamar mais adequado, como as intervenções do Banco Central no câmbio, vão colaborar para melhorar o preço dos alimentos no médio prazo. Haddad acredita que o mesmo vá ocorrer em relação ao preço dos combustíveis, que também foi impactado pela disparada do dólar. “Então, também a política que estamos adotando para trazer esse dólar para um patamar mais adequado vai ter reflexos nos preços nas próximas semanas”, afirmou

Sem ICMS, preço menor

Fernando Haddad citou como favoráveis ainda medidas tomadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a aprovação da reforma tributária que, a partir de 2027, vai isentar os produtos da cesta básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um imposto estadual, e a correção da tabela do Imposto de Renda.

“Aprovamos uma reforma tributária para acabar com o ICMS, inclusive da carne, que fica mais cara por conta da cobrança de impostos estaduais”, disse o ministro da Fazenda.

“O presidente Lula corrigiu a tabela do imposto de renda que também estava congelada havia sete anos. E agora quer ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, justamente para que a famílias possam enfrentar o custo de vida, sobretudo a questão da cesta básica”, afirmou.

Na entrevista, ele destacou que a atual situação do País é bem melhor que a encontrada pelo presidente Lula ao assumir o mandato e a vivida no governo anterior. “Você tem que levar em consideração a situação em que o presidente Lula assumiu e todos os preços hoje, mesmo tendo sido elevados no último período em razão desses fatores como seca, inundação do Rio Grande do Sul, dólar, eleição do presidente Trump e tudo mais, eles ainda estão abaixo de que o presidente Lula herdou do governo Bolsonaro”, concluiu Fernando Haddad. E citou avanços dos últimos dois anos como a menor taxa de desemprego da história e a maior geração de empregos em dois anos. “Geramos 3 milhões de empregos”.

Com informações da Agência Gov.

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