A reunião no Palácio do Planalto sobre queimadas, realizada na quinta-feira (19) entre o governo federal e governadores, foi marcada por críticas, principalmente do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que criticou a procrastinação do governo federal e defendeu uma revisão no modelo de federalismo. Caiado afirmou que o governo não estava preparado para lidar com as queimadas e que a falta de estrutura é um problema grave.
Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, participou da reunião e durante o encontro, foi elogiado pelo trabalho de integração desenvolvido nas frentes de combate aos incêndios e pela coordenação de ações estratégicas.
Riedel disse que a União tem feito a parte dela no combate aos incêndios, e por isso, os resultados têm se concretizado. “Não queremos politizar a situação em nenhum momento. Pelo contrário, queremos focar no resultado dessas ações”, complementa.
Desde o início dos trabalhos de enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal, em 2024, que começou a ser planejado ainda em 2023, por conta das expectativas de seca intensa em 2024, o Estado buscou atuar em parceria com a os governos Federal e de outros estados, com o objetivo de reforçar e ampliar a eficiência dos trabalhos de combate ao fogo.
Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, também participou da reunião, e destacou que o trabalho realizado pelo governo de Mato Grosso do Sul, no combate aos incêndios é fruto de ações focadas em atingir objetivos em comum.
“Se tivermos alinhados em torno do objetivo, facilita muito atingir o objetivo, que é o que temos feito. Talvez a referência da ministra seja nesse sentido, pois nós trabalhamos juntos sob uma única coordenação, todos focados em minimizar os efeitos dos incêndios florestais no Pantanal e combater esses incêndios”, frisa Riedel, completando ainda que apesar de estar chegando próximo do fim da temporada do fogo, o trabalho segue no bioma.
Planejamento para 2025 e audiência no STF
Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Orçamento) também participaram do encontro com os governadores, vices e representantes da CNM (Confederação Nacional de Municípios) e da ABM (Associação Brasileira de Municípios), onde foi abordado a inclusão dos municípios no planejamento de ações para o ano que vem, iniciando desde já tais tratativas.
“Já estamos pensando no ano que vem para que Estado, União e os municípios, no nosso caso em especial da região pantaneira, possam ter um programa de prevenção – algo que já estamos trabalhando para 2025 – independente do que ocorra. Assim ficamos cada vez mais preparados para as situações que possam ocorrer, seja de seca, seja de cheia”, explica Eduardo Riedel.
Além do governador de Mato Grosso do Sul, os chefes do Executivo do Pará, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Distrito Federal, Tocantins e Roraima se sentaram à mesa, fora os vice de Rondônia e do Amapá – todos são estados pariticpantes do Norte ou Centro-Oeste.
A presença sul-mato-grossense em debates sobre o fogo foram além do encontro com os ministros. Em audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, a procuradora-geral do Estado, Ana Ali Garcia, o procurador Ulisses Viana e o tenente-coronel dos Bombeiros e assessor da Semadesc, Leonardo Congro, entregaram o relatório sobre os incêndios florestais no Estado.
O documento elencou ações diversas, como plano de manejo, programa de brigadas, sistemas de comando, criação da sala de situação, monitoramento, prevenção e investimentos no combate aos incêndios florestais, além da recuperação da fauna e flora.
Com informações do SBT News e Governo do Estado de MS
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