O vereador carioca Gabriel Monteira (sem partido) é alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que investiga o vazamento de vídeos em que ele faz sexo com duas adolescentes.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 11 locais ligados ao vereador, incluindo a sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, e no seu gabinete na Câmara Municipal.
A Polícia Civil investiga o vazamento das imagens das relações sexuais com uma adolescente de 15 anos e com uma outra jovem. Os vídeos foram gravados pelo vereador e por uma das adolescentes.
Os agentes também querem saber se as relações foram consensuais. Em 31 de março, a assessoria de imprensa do vereador disse à Folha que “ele realizou o boletim de ocorrência sobre a exposição dos vídeos íntimos” e que “a filmagem tinha o consentimento da jovem, que também registrou a ocorrência com a sua mãe”. A reportagem não conseguiu entrar em contato com Monteiro nesta quinta (7).
Na ocasião, o delegado Luis Maurício Armond, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), confirmou que havia dois registros do caso em duas delegacias diferentes, um feito pelo vereador e outra pela adolescente de 15 anos.
O vereador também é alvo de mais duas investigações motivadas por denúncias de ex-funcionários que o acusam de cometer abusos sexuais e morais e de manipular vídeos, um de um suposto tiroteio e outro em que aparece com uma criança. As denúncias foram veiculadas no Fantástico, da TV Globo. Monteiro nega as acusações.
Em razão das denúncias, a Promotoria abriu um inquérito civil para apurar uma possível violação de direitos de uma criança que aparece nas gravações e pediu que ele retire o vídeo do ar. Também vai analisar se investigará o suposto uso indevido de funcionários públicos para fins privados.
Já a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar denúncia de assédio sexual na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá, na zona oeste carioca.
Monteiro foi o terceiro vereador mais votado do Rio em 2020, com mais de 60 mil votos, pelo PSD. Além das atividades legislativas, ele mantém um canal no YouTube com mais de 6 milhões de seguidores.
Após o vazamento dos vídeos, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara do Rio abriu uma representação contra o vereador pedindo a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Com informações da Folhapress