Filiação de governador gaúcho no PSD pode apressar debandada de tucanos

Com entrada de Eduardo Leite do PSDB Eduardo Riedel pode anunciar decisão - Foto: reprodução/Codesul
Com entrada de Eduardo Leite do PSDB Eduardo Riedel pode anunciar decisão - Foto: reprodução/Codesul

Já tendo até data marcada, Eduardo Leite está bem próximo do PSD

 

A partir do dia seis de maio, Eduardo Riedel será o único governador do PSDB, pois nessa data Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, deverá assinar ficha de filiação ao PSD. Como a outra governadora eleita pelo partido dos tucanos em 2022, Raquel Lira, de Pernambuco, já havia migrado do PSDB para a sigla que é presidida por Gilberto Kassab, agora resta apenas Riedel, que também tem convite do mesmo partido. Este novo fato pode antecipar debandada do PSDB em Mato Grosso do Sul.

Em viagem à Europa, o ex–governador Eduardo Riedel retornará ao estado na próxima semana, quando deverá acontecer uma reunião da Executiva Nacional do PSDB para anunciar um posicionamento sobre o futuro da sigla. O presidente regional do partido em Mato Grosso do Sul e tesoureiro da direção nacional, Reinaldo Azambuja, já anunciou que no final de abril tomará uma decisão sobre o futuro do partido, o que pode ser antecipado com a saída de Eduardo Leite, cujo nome era citado como possível candidato a presidente da República pelo partido dos tucanos.

No início do ano, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve em Campo Grande, onde reuniu–se com Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, convidando os dois para assinarem ficha de filiação da sigla. Na época, a ideia era de que o partido iria incorporar o PSDB, sendo que alguns tucanos históricos, como o ex-senador Aécio Neves e o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, se posicionaram contrários e passaram a articular a composição de uma federação com outros partidos como Podemos, Republicanos e o Cidadania.

Presidência

As costuras para a entrada de Eduardo Leite no PSD passam pelo destino ainda não selado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que sofre pressão de aliados para concorrer à Presidência caso Jair Bolsonaro desista de tentar viabilizar seu nome – o ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Kassab faz, atualmente, parte do governo Tarcísio, ocupando uma das principais secretarias do governo de São Paulo.

Nas negociações com a direção nacional do partido, não há qualquer garantia a Leite de que ele vai disputar a Presidência da República pela sigla. As conversas se deram nos últimos meses entre Leite e o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Envolveram também lideranças da sigla no Rio Grande do Sul e uma das possibilidades aventadas por integrantes do PSD é a de Leite ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul em 2026.

 

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