Desarmamento, para quem?

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Quando se trata de armas de fogo no Brasil, já se sabe de antemão que o assunto gerará polêmica, isso se dá pela intensa batalha cultural travada no país, que transformou o tema em tabu.

Quem viveu no solo brasileiro, nos anos 80, se lembra muito bem que as pessoas tinham acesso às armas de forma muito mais simplificada, ao ponto de se encontrar armamento à venda em lojas de varejo da época, quem não viveu isso pesquise no Google “armas na Mesbla”.

Naquele tempo, se alguém contasse que o Brasil superaria 50 mil homicídios por ano, ninguém acreditaria, mas acreditem, teve método.

Em meados de 2005, o governo Lula realizou um referendo consultando a população se o comércio de armas deveria ser proibido no Brasil. Os eleitores poderiam optar por “sim” ou “não”. Pois bem, entraram em campo duas equipes: a primeira defendia o fim da comercialização das armas e munições, capitaneada pelo Instituto Sou da Paz, organização filantrópica financiada por mega corporações, dentre elas a Ford Foundation, Silicon Valley Foundation, Fundação Lemann, dentre outras.

Contando com imensa estrutura financeira, o instituto obteve o apoio de diversos artistas (aqueles de sempre) que abraçaram a campanha e fizeram a pombinha com as mãos, porém seus seguranças permanecem armados até hoje.

Do outro lado, em prol das armas, estava o ativista Benedito Gomes Barbosa Jr., ou Bene Barbosa.

Se de um lado o Sou da Paz se utilizou de recursos audiovisuais, apoio de artistas e tempo de TV, de outro lado estava Bene Barbosa apenas argumentando, por meio de dados estatísticos, de forma clara e objetiva.

Inobstante à disparidade de recursos empregados nas campanhas contra as armas e pró-armas, observamos uma vitória esmagadora, em que 63,94% afirmaram que o Brasil quer continuar a ter o direito de ter armas,  contra36,06% que votaram pela restrição.

Pois bem, embora a vontade da maioria tenha sido pela continuidade de acesso às armas, a esquerda manteve sua sanha desarmamentista, tanto que a lei 10.826 de 22 de dezembro de 2003 se encontra vigente até hoje.

Nesse cenário, em que os índices de criminalidade chegaram a níveis superiores ao de países em guerra, a população brasileira viu-se representada pelo, à época deputado federal, Jair Messias Bolsonaro, que sempre entendeu o papel da liberdade de acesso às armas em uma sociedade livre e, uma vez eleito, editou decretos permitindo que a população acessasse armas de calibres mais efetivos.

E qual foi os resultados?

As armas adquiridas legalmente de 2018 em diante resultaram na imediata redução no número de mortes violentas, fazendo recuar os índices a patamares referentes aos anos 2000, de modo que o argumento de que “o país iria virar um bang-bang”, foi refutado com sucesso!

Contudo, com a volta da esquerda à Presidência, tem se visto uma verdadeira caçada às armas, dificultando ao máximo a obtenção da posse, bem como o porte, fato que já começa a empurrar os índices de criminalidade aos patamares de 2018.

O que se observa, no Brasil de hoje, é que somente os marginais podem ter acesso às armas, tornando a sociedade refém da criminalidade.

Todos sabemos que é impossível que nossas forças policiais estejam em todos os lugares para inibir o crime, cabendo a cada cidadão prover a segurança imediata de sua vida e sua família, ao menos até a chegada da polícia.

Nesse sentido, podemos afirmar que armas representam liberdade, uma vez que a sociedade, refém de criminosos, se encontrará cada vez mais encurralada em seus condomínios, cercas elétricas e sistemas de segurança.

Todo país que presa pela liberdade de seu povo garante que a sua população tenha acesso às armas.

Ademais, o artigo 5.º da Constituição Federal traz como garantia fundamental o direito à vida, que só poderá ser efetivamente tutelado por meio do instrumento apto a garantir a legítima defesa da própria vida ou de terceiro, caso contrário, tal garantia não passará de letra-morta.

 

Por: Gabriel Pollon

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