A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu mais de três pontos percentuais em maio e atingiu 53,7%, de acordo com pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira (30). Este é o maior índice registrado pela série histórica da consultoria, que iniciou a medição em janeiro de 2024. A aprovação ao governo caiu para 45,4%, registrando uma leve queda em relação ao mês anterior.
O levantamento ouviu 4.399 pessoas entre os dias 19 e 23 de maio, com margem de erro de 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%. Em abril, os números estavam em 50,1% de desaprovação e 46,1% de aprovação. Já o percentual de entrevistados que não souberam ou preferiram não opinar caiu de 3,8% para apenas 0,7% em maio.
A pesquisa anterior foi realizada entre os dias 20 e 24 de abril, período que coincidiu com o início da repercussão das fraudes nos descontos indevidos em benefícios do INSS — reveladas pela operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal, deflagrada em 23/4. Como a maior parte das entrevistas ocorreu antes da explosão do caso, é possível que o impacto total do escândalo só tenha se refletido agora, no levantamento de maio.
A AtlasIntel também fez cruzamentos por perfil sociodemográfico, revelando nuances importantes da avaliação popular de Lula:
– Mulheres desaprovam mais que homens: 54,8% contra 52,5%;
– A maior aprovação está entre pessoas com mais de 60 anos (62,1%);
– A maior desaprovação ocorre entre os que têm de 35 a 44 anos (69,8%);
– O Nordeste continua sendo o principal reduto de apoio ao presidente, com 58,3% de aprovação;
– As maiores taxas de rejeição estão no Norte (63,5%) e Centro-Oeste (63,4%).
A avaliação do governo como “ruim” ou “péssimo” também subiu: de 47,7% em abril para 52,1% em maio. Já os que consideram o governo “ótimo” ou “bom” somam 41,9% (eram 40,2%). O percentual que considera o governo “regular” caiu de 9,6% para 6%.
Eleições 2026: Lula atrás de Bolsonaro em cenário estimulado
Mesmo inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece à frente de Lula em simulação de primeiro turno para as eleições de 2026: 46,7% contra 43,9%. A vantagem ocorre apesar de Bolsonaro ser réu em ação penal no STF e estar condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
A pesquisa também testou cenários com outros nomes do campo da direita e da centro-direita. Entre eles:
– Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo;
– Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama;
– Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás.
Em simulação sem Lula e Bolsonaro, o levantamento opõe Fernando Haddad (PT) e Tarcísio, revelando as possibilidades de formação de um novo tabuleiro político para 2026.
Os dados mostram que, apesar do cenário eleitoral ainda estar indefinido, a erosão na popularidade de Lula já começa a se refletir nas intenções de voto, em meio a desafios econômicos, escândalos administrativos e crescente polarização.
A íntegra da pesquisa está disponível no site da AtlasIntel.
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Com informações do SBT News
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