Na noite de domingo, Pablo Marçal (PRTB), que ficou fora da disputa pela Prefeitura de São Paulo após o primeiro turno, fez um discurso em que não descartou a possibilidade de apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição contra Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno. Apesar da derrota, Marçal deixou a porta aberta para um possível alinhamento com Nunes, desde que suas propostas para a capital sejam consideradas.
Marçal destacou que o eleitorado de Nunes é “exatamente do tamanho” do seu e afirmou que já enviou uma mensagem parabenizando o prefeito, embora não tenha recebido resposta. Entre as condições sugeridas para um diálogo, Marçal citou a implementação de educação financeira nas escolas, um plano de “empresarialização” da cidade e a transformação das escolas municipais em centros de treinamento olímpico.
“Se ele (Nunes) colocar educação financeira nas escolas, colocar a empresarialização para rodar […] e transformar as escolas da cidade de São Paulo em escolas olímpicas, a gente pode conversar”, afirmou o candidato derrotado.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de parabenizar Guilherme Boulos, Marçal foi categórico em sua recusa. Ele criticou duramente o candidato do PSOL e fez uma previsão de que Boulos perderá o segundo turno. “Acho que foi uma escolha errada do Lula. Lula vai perder essa eleição com o Boulos”, declarou.
Sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Marçal afirmou que nunca houve um vínculo próximo entre os dois. Ele declarou que, apesar de ter servido ao ex-presidente, nunca recebeu apoio público de Bolsonaro durante sua campanha. “Eu servi ele, mas ele nunca gravou um vídeo para me apoiar e eu também nunca pedi”, disse.
Quanto ao seu futuro político, Marçal deixou claro que não pretende disputar novamente a prefeitura de São Paulo ou um cargo legislativo, mas não descartou a possibilidade de concorrer ao governo estadual ou à Presidência em 2026. “Vocês não vão me ver mais disputando a prefeitura de São Paulo ou o Legislativo. Então só tem dois caminhos aí: um governo do estado ou a questão da Presidência”, explicou.
Por fim, Pablo Marçal afirmou que respeita o resultado das urnas e não pretende contestá-lo. “A vontade do povo nas urnas prevalece. Eu respeito a vontade do povo”, concluiu.
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