Confira a coluna “Segredos de Estado”

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Quantas vias? 

Se na disputa nacional ainda são tímidos os esforços para o surgimento de uma terceira via que sirva de alternativa para a polarização entre o petismo e o bolsonarismo, em Campo Grande já existem pelo menos umas nove vias pavimentadas e o esforço é pela redução de opções. À direita, são pelo menos três vias, de centro, três e à esquerda, são três. Já na disputa de 2026, fora Lula e Bolsonaro, praticamente não há nomes e o fraco discurso do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante sua visita a Mato Grosso do Sul, no fim de semana, ao se posicionar como alternativa, demonstra essa falta de opção.

Na disputa pela Prefeitura da Capital, pela direita, já tem as pré-candidaturas de Adriane Lopes (PP), Marcos Pollon (PL) e Capitão Contar (PRTB); pela esquerda, tem Zeca do PT, Lucas de Lima (PDT) e Camila Jara, que ameaça deixar o PT e disputar pelo PSOL. No centro, já tem Beto Perreira (PSDB), André Puccinelli e até Rose Modesto (União). Pelo tanto de pré-candidatos já se pode fazer uma previsão de que, no mínimo, a terceira via já está assegurada e isso pode ter reflexos na disputa estadual de 2026.

Tentação de Camila 

O sonho de consumo do PSOL é receber a filiação de Camila Jara, que teria assegurada a tão sonhada candidatura à Prefeitura de Campo Grande. A cúpula do partido acredita que se esse sonho se tornar realidade passa a ter, no mínimo, a possibilidade de eleger dois vereadores, mesmo em caso de um mau desempenho da deputada federal.

Sem definição 

Ao ver a direção do Diretório Regional do PRTB ser dissolvida pela direção nacional da sigla e ainda não ter definido o rumo que o partido pretende seguir, Capitão Contar, que logo após disputar o segundo turno da eleição para o Governo do Estado, anunciou que iria disputar a eleição para prefeito da Capital, está sem saber qual será seu destino em 2024.

Dois caminhos 

O PDT estaria entre dois caminhos: indicar o vice, caso o candidato do PT venha a ser o deputado estadual Zeca ou ter candidatura própria, caso os petistas decidam lançar a advogada Giselle Marques. Na segunda opção, o candidato seria o deputado estadual Lucas de Lima que, no entanto, não sabe se aceita ser o vice de Zeca, no caso de prevalecer a primeira opção.

Vice de Adriane 

O sonho da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, para ser seu vice na disputa pela reeleição seria o deputado estadual Coronel David, do PL. Essa possibilidade, no entanto, dependeria de o deputado federal Marcos Pollon desistir de ser candidato, o que parece, a cada dia, mais difícil de acontecer.

Disputa interna 

O prefeito de Dourados, Alan Guedes, estaria acompanhando de perto o desenrolar da disputa pelo PSDB de Dourados, pois, dependendo do desfecho da disputa, ele poderá receber, no mínimo, o apoio dos derrotados.

Mandetta

Embora ainda esteja no União Brasil, o ex-deputado e ex-ministro da Saúde no Governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, pode migrar para o PSD e concorrer à Prefeitura da Capital. Ele seria a alternativa para assegurar a sobrevivência do partido, que está prestes a perder quase toda a bancada de vereadores.

Meninos, eu vi 

O ex-conselheiro do Tribunal de Contas, João Leite Schimidt, quando coordenou a campanha do ex-senador Levy Dias ao governo do Estado de Mato Grosso do Sul, contra Wilson Martins, em 1994, foi indagado sobre como poderia demolir um candidato com uma concreta base de votos e veio com a seguinte resposta:

– Vamos tentar mostrar que os pés dele são de barro e não de concreto.

Por Laureano Secundo.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *