Confira a coluna “Conectado”

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

É Federal?

“Um olho no peixe e outro no gato” – a famosa frase, extraída no contexto do dicionário informal brasileiro, é uma expressão popular cujo significado pode ser traduzido como estar atenta, esperta. Prestando atenção em duas situações ao mesmo tempo e pode bem antecipar o que a senadora Soraya Thronicke pode estar pensando com a mudança para o Podemos-MS e em seu projeto no cenário eleitoral de 2026.

Em tese seria candidata à reeleição, mas, como ela, outros candidatos ao Senado, ou não, também avaliam seus potenciais eleitorais em possíveis alianças partidárias. Com essa perspectiva, a senadora se antecipou e trocou “o seu
União Brasil” pelo Podemos essa semana. Ex-pré-candidata do União Brasil à Presidência da República, ela surgiu como nome de última hora da corrida presidencial turbinada pelo partido que detinha a maior fatia do horário eleitoral da TV.

Senadora de primeiro mandato, Soraya Thronicke foi eleita em 2018 pelo PSL, com 373.712 votos, como uma representante da onda conservadora, que também levou Jair Bolsonaro ao comando do país, mas acabou se indispondo
com o bolsonarismo, não sendo mais testada nas urnas, após a candidatura à Presidência. Fica a dúvida sobre seu espólio eleitoral e se essa estratégia do “olho no gato e no peixe” vai mesmo vingar futuramente. Aguardemos!

Benefícios

Para a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB-MS), não basta dar benefícios para a indústria automotiva. Ela defende que é preciso aprovar a reforma tributária para conseguir reduzir o chamado Custo Brasil, que seria, segundo a ministra, o motivo para as empresas fecharem.

Já para o ministro dos Transportes, Renan Filho, essa estagnação citada pela Volkswagen tem um culpado: os juros. Perguntado sobre a paralisação da montadora, ele afirmou que a Selic alta e a preferência das empresas por
produzirem modelos mais caros são o problema do setor.

“O que vai ajudar o mercado automobilístico é a queda de juros que deve acontecer em agosto, no máximo, em setembro. Não tem mais espaço para o BC (Banco Central) manter os juros altos com tudo que o governo já fez”,
afirmou. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que não basta dar benefícios para a indústria automotiva.

Benefícios 1

A discussão leva em conta o fato de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter antecipado à colunista do Globo, Míriam Leitão, que o governo vai ampliar o programa de incentivo à compra de carros, abrindo também para pessoas jurídicas, nessa segunda etapa. Serão mais R$ 300 milhões no programa que concede descontos na compra de carros populares para continuar estimulando as vendas do setor automotivo.

O governo já havia disponibilizado R$ 500 milhões para a compra de veículos com abatimentos. A ampliação constará em medida provisória (MP) a ser publicada ainda esta semana. A duração máxima do incentivo continuará sendo de quatro meses, mas o governo acredita que ele dure apenas mais algumas semanas.

A extensão do programa poderia ser uma resposta do governo ao anúncio da Volkswagen, de suspender a produção em suas fábricas no Brasil. A montadora alegou estagnação no mercado. A GM também confirmou que vai diminuir o ritmo de produção nas fábricas da montadora, em São Paulo.

Convocado

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou novo convite, ainda sem data, para que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, esclareça a política monetária e a definição da Selic. Os requerimentos foram apresentados por Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM).

Comunicado

…Em tom mais ameno do que o do comunicado pós-reunião, a Ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada, abre espaço para a queda dos juros em agosto. O item 19 da ata mostra que houve divergência sobre o corte entre os nove integrantes: um grupo indica que a redução pode começar na próxima reunião e outro destaca a necessidade de mais evidências de desinflação.

A ata também mandou um recado para a mais recente reunião do Conselho Monetário Nacional, afirmando que mudança na meta de inflação pode segurar a flexibilização da política monetária. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou estar muito confiante na queda dos juros.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a ata veio mais realista e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a sinalização de queda está em linha com as medidas do governo. A previsão do mercado é que a Selic caia para 13,50% ao ano em agosto, fechando 2023 em 12,25%.

Data

E a comissão marcou para a próxima terça-feira (11) um dos mais esperados depoimentos, o do tenente-coronel Mauro Cid, que está preso por suspeita de fraude para emissão de certificados de vacinação contra covid-19 para Bolsonaro e outras pessoas. A ministra do STF Cármen Lúcia determinou que Cid deve comparecer à CPMI, mas pode ficar em silêncio.

Jovem Pan

Enquanto isso… O Ministério Público Federal (MPF) pediu a cassação de três outorgas de radiodifusão da Jovem Pan, por disseminar desinformação durante as eleições e atacar a democracia. Em nota, a empresa disse que só se manifestaria nos autos e reafirmou “seu compromisso com a sociedade brasileira e a democracia”.

O MPF de São Paulo quer cassar a concessão de rádio da Jovem Pan porque eles trabalharam ativamente para criar um clima no qual um golpe de Estado seria possível. Mas chega ao ponto de caber a pena mais grave que se pode usar contra um veículo de comunicação? A pergunta é mais complicada do que parece. Vamos aguardar os desdobramentos.

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