Cármen Lúcia diz que teste em urnas é “sossego eleitoral” e acompanha início de avaliação pública dos sistemas do TSE

Ministra do STF, Cármen Lúcia - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministra do STF, Cármen Lúcia - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (1º) que o Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais representa um verdadeiro “sossego eleitoral” para o país. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início, às 13h, à oitava edição do evento, que segue até sexta-feira (5) com a execução de 38 planos de testes aprovados pela Comissão Reguladora.

O procedimento, realizado periodicamente, permite que investigadores, especialistas em tecnologia, representantes da sociedade e equipes técnicas do TSE tentem identificar falhas, fragilidades ou vulnerabilidades nos sistemas utilizados nas eleições. O objetivo é aperfeiçoar continuamente a infraestrutura digital que garante a captação e a apuração dos votos.

“O eleitor pode confiar”, diz ministra

Durante a abertura, Cármen Lúcia reforçou que o trabalho de auditoria pública é essencial para garantir a tranquilidade do processo eleitoral.

“Para que a gente tenha uma eleição, no ano que vem, mais uma vez, segura, tranquila, transparente e, acima de tudo, para sossego eleitoral da eleitora e do eleitor brasileiro. Ele pode confiar que o voto é ele com ele mesmo, e o que ele resolver colocar na urna será. Nada mais, nada menos, sem interferência de quem quer que seja neste momento”, declarou.

A ministra destacou que não apenas as urnas eletrônicas, mas todos os sistemas que integram o processo eleitoral, serão verificados ao longo da semana.

“Para que o eleitor e a eleitora saibam que o que foi posto por eles na urna será apurado; o que for apurado será totalizado; o que for totalizado será divulgado como resultado, garantindo a absoluta confiabilidade do sistema eleitoral no Brasil, que hoje é matriz para o mundo, modelo para o mundo”, afirmou.

Teste reforça confiança e transparência

De acordo com o TSE, a iniciativa é uma das etapas mais importantes de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação. A Corte afirma que o modelo aberto e participativo busca assegurar a segurança, a transparência e a confiabilidade das eleições brasileiras.

“Ao promover uma avaliação dos sistemas eleitorais aberta e participativa, o TSE busca garantir, de maneira permanente, que as eleições ocorram de forma segura, transparente e confiável, reafirmando a credibilidade do sistema eletrônico de votação e apuração perante a sociedade”, diz nota divulgada pelo tribunal.

Eleições de 2026 no horizonte

O primeiro turno das eleições está marcado para 4 de outubro, e um eventual segundo turno ocorrerá em 25 de outubro. O TSE afirma que a preparação tecnológica e operacional é fundamental para assegurar que todo o processo ocorra sem risco de interferências internas ou externas.

Recorde de participação

Esta é a oitava edição do Teste Público de Segurança desde sua criação, em 2009. A ação também ocorreu em 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023. Segundo a ministra, o evento deste ano registrou recorde no número de inscrições e no total de planos aprovados, reflexo do crescente interesse da comunidade técnica e da sociedade em participar da fiscalização do sistema.

Ao final da semana, os participantes apresentarão relatórios das inspeções, e as equipes internas do TSE poderão implementar melhorias antes das eleições do ano que vem.

Para Cármen Lúcia, o processo reforça uma mensagem central: a democracia brasileira segue firme, amparada por tecnologia auditável, participação pública e transparência contínua.

 

Com informações do SBT News

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