Na madrugada desta quarta-feira (2), a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto Internacional de Beirute, no Líbano, para resgatar brasileiros que se encontram em meio ao conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah. A operação foi autorizada no início da semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como uma ação humanitária diante da escalada de violência na região.
O voo terá uma duração de 9h20 até Lisboa, em Portugal, onde será feita uma escala técnica antes de seguir para Beirute. A expectativa da FAB é resgatar cerca de 220 brasileiros neste primeiro voo. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a prioridade será dada a idosos, mulheres, grávidas, crianças e pessoas com problemas de saúde. A previsão é que novos voos sejam organizados para resgatar o restante dos cidadãos brasileiros.
A tripulação do KC-30 conta com profissionais da área de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e psicólogos, que prestarão assistência durante a viagem de volta. O retorno ao Brasil, no entanto, dependerá da situação local e das coordenações diplomáticas e logísticas.
O conflito no Líbano
O Líbano voltou a ser cenário de intensos confrontos entre Israel e o Hezbollah, após anos de relativa calmaria. A crise começou a se intensificar em outubro de 2023, quando Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza. O Hezbollah, em solidariedade ao Hamas, iniciou uma série de ataques contra Israel, que respondeu com bombardeios. Apenas nas últimas 24 horas, uma série de bombardeios aéreos e combates armados foi registrada, resultando em um grande número de vítimas.
A tensão aumentou ainda mais com a ofensiva terrestre de Israel no sul do Líbano e os ataques de mísseis do Hezbollah contra o território israelense. Além disso, o Irã, que apoia o Hezbollah, intensificou sua participação no conflito, lançando mísseis em direção a Tel Aviv.
Há um temor global de que a situação evolua para uma nova guerra de grandes proporções no Oriente Médio. De acordo com a ONU, a escalada dos conflitos pode resultar em uma catástrofe humanitária, com milhares de mortos e um aumento significativo no número de refugiados. Apesar dos esforços de países como os Estados Unidos, que recentemente propuseram um cessar-fogo de 21 dias, Israel afirmou que continuará com sua ofensiva até que o Hezbollah interrompa os ataques.
Com informações do SBT News
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