O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (2), ter obtido acesso aos áudios de ligações feitas entre a portaria e as casas do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, antes que elas tivessem sido “adulteradas”. “Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano. A voz não é minha”, disse.
De acordo com informações do Terra, O Estado pediu ao Planalto detalhes sobre as declarações do presidente com a finalidade de esclarecer quando e em quais circunstâncias os áudios foram obtidos e se Bolsonaro obteve uma cópia deles, mas a resposta foi de que não haveria comentários.
Após a declaração, os líderes da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informaram que iriam acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro, sob a alegação de que o presidente cometeu “obstrução de Justiça”, ao “ter se apropriado de provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes”.
Os líderes informaram em nota que “também pedirão que seja determinada a devolução do material que Bolsonaro se apropriou ilegalmente e que todo o conteúdo seja periciado”.
Nesta semana, Bolsonaro articulou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro para que o porteiro realizasse novo depoimento sobre o caso que trata da morte da vereadores Marielle Franco.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Terra)