O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (29) que a demissão do presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, “é coisa de rotina”. A declaração ocorre um dia após ele decidir tirar o militar do cargo e indicar o economista Adriano Pires para a função.
O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, recebeu ontem (28) a comunicação de que deixará o comando da estatal e que será substituído por Adriano Pires. No início da noite, o Palácio do Planalto confirmou a troca e anunciou a composição do novo conselho.
A demissão do militar ocorre após uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão do mega-aumento dos preços nos combustíveis promovido pela empresa. “É coisa de rotina, sem problema nenhum”, disse o Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, após ser questionado sobre a substituição no comando da petroleira.
Para ocupar seu lugar foi indicado o nome de Adriano Pires, atual diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). O nome dele, porém, não foi bem-aceito em alas do governo, especialmente entre os militares de alta patente ligados ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que trabalharam para segurar Silva e Luna no cargo.
Na prática, as mudanças no comando da Petrobras só devem ocorrer dentro de duas semanas, após a Assembleia Geral de Acionistas, quando o governo trocará seus representantes do conselho de administração, grupo responsável por definir o plano estratégico da companhia.