Aliados de Bolsonaro viram alvo da Polícia Federal

A Polícia Federal faz na manhã de ontem terça-feira (16), uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra a cúpula do futuro partido Aliança pelo Brasil, sigla que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar.

Entre os alvos estão o empresário Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança pelo Brasil, e o publicitário Sérgio Lima. Ao todo, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Uma linha de apuração neste inquérito, segundo a PGR, busca esclarecer se os investigados se articularam com parlamentares e outras autoridades com prerrogativa de foro no STF “para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983)”. Em uma rede social, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) disse ser um dos alvos das buscas da PF. “Polícia Federal em meu apartamento. Estou de fato incomodando algumas esferas do velho poder”, disse.

Policiais vasculharam o gabinete de Silveira na Câmara, o apartamento funcional em Na manhã de ontem (16), autoridades e especialistas em saúde participaram de uma reunião virtual para discutir a necessidade de adiamento das eleições 2020 em razão da pandemia causada pelo coronavírus (COVID-19).

Entre os participantes, houve um consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizada ainda este ano, em data a ser definida pelo Congresso Nacional com base em uma janela que varia entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, destacou que “esse foi um encontro interessante entre ciência, direito e política com a proposta de encontrarmos a melhor solução para o país”.

Ele afirmou ainda que a palavra final é do Legislativo, que deve deliberar para conciliar as demandas da saúde pública com a democracia. A discussão contou também com a participação do vice-presidente da Corte, Edson Fachin, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e de renomados médicos e cientistas como David Uip, Clovis Arns da Cunha, Esper Kallas, Ana Ribeiro, Roberto Kraenkel, Paulo Lotufo, Gonzalo Vecina e Atila Iamarino. Também participaram diversos líderes partidários das duas Casas do Congresso Nacional.

Cada especialista fez intervenções curtas, de três a cinco minutos cada, para falar do quadro atual e da perspectiva para os próximos meses em relação a evolução e controle da doença. Em cada manifestação, os médicos reforçaram as características únicas desse vírus, que acomete principalmente os mais vulneráveis e com limitadas opções de tratamento. Eles destacaram que essa não é uma gripe como outras que já surgiram, principalmente porque atinge rapidamente os órgãos e tem alto índice de mortalidade.

O médico David Uip, por exemplo, pontuou que o Brasil é um país continental e, por essa razão, a doença se manifesta de forma heterogênea dependendo de cada região. Entre as sugestões apresentadas para além do adiamento do pleito, há a possibilidade de horários estendidos para a votação, definição de horários específicos para população vulnerável, treinamento e simulação sobre medidas de higiene para todos que vão trabalhar e aumento dos locais de votação para evitar aglomerações.

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(Folhapress)

 

 

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