Em um gesto diplomático e simbólico, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, entregou nesse domingo (18) ao Papa Leão XIV, uma carta oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convidando o pontífice a visitar o Brasil, com destaque para a participação na COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano. A entrega aconteceu durante a missa inaugural do pontificado do americano Robert Prevost, agora Leão XIV, celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano. O evento reuniu milhares de fiéis, líderes religiosos e chefes de Estado de diversas partes do mundo.
Em sua homilia, o novo Papa fez um apelo pela união dos povos em meio às guerras e crescentes desigualdades sociais. Leão XIV também destacou a urgência da crise climática, reafirmando o compromisso da Igreja Católica com causas ambientais, tema que ganhou relevância durante o papado de Francisco, seu antecessor, falecido em abril. Antes da celebração, Leão XIV percorreu pela primeira vez a Praça de São Pedro a bordo do papamóvel, sendo calorosamente recebido pelos presentes. Estiveram entre as delegações internacionais representantes dos Estados Unidos, Peru, Colômbia e Paraguai. O vice-presidente americano JD Vance liderou a comitiva dos EUA e prestou homenagens no túmulo do Papa Francisco.
A COP30, sigla para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, reunirá em Belém líderes globais, cientistas, ambientalistas e representantes da sociedade civil em um esforço conjunto para debater e definir ações concretas contra as mudanças climáticas. Esta será a primeira vez que a capital paraense sedia o evento, que reforça o papel estratégico da Amazônia na agenda ambiental global.
A carta entregue por Alckmin ressalta a importância da presença do Papa no encontro como símbolo de diálogo inter-religioso, justiça social e responsabilidade ecológica. Segundo o governo brasileiro, a visita papal reforçaria o protagonismo do Brasil na diplomacia climática e ambiental, além de marcar um gesto histórico de proximidade entre o Vaticano e os países amazônicos.
O Itamaraty informou que o convite será formalmente analisado pelo Vaticano e que novas reuniões poderão ocorrer nos próximos meses para tratar da agenda e da possibilidade de visita do líder católico ao Brasil.
Com informações do SBT News
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