Durante uma aula em uma faculdade de desing de moda na cidade de Vitória, uma professora foi presa após realizar declarações de cunho racista contra uma aluna. Ela teria dito que tatuagens é coisa de presidiário e ligadas à escravidão. A fala foi em direção à aluna de pele negra.
O caso ganhou repercussão após a vítima, Carolina Bittencourd, postar um vídeo no Instagram chorando relatando o acontecido. A jovem relatou o caso dizendo que havia passado uma situação de preconceito cometido pela professora Juliana Zucculotto, 61, do Centro Universitário Faesa.
“Ela citou sobre tatuagem e começou a falar da origem dela, que veio do presidiário, da prisão. Estou muito nervosa, não estou nem conseguindo falar direito, porque eu acabei de sair da sala. Ela falou que era muito feio tatuagem, e mais feio ainda para quem tinha a pele negra e que parecia pele encardida”, contou Carolina no vídeo”.
Segundo relatos da aluna à Polícia Militar, a professora pediu para que os estudantes que tivessem tatuagens levantassem a mão. Após Carolina levantar sua mão, a docente começou a realizar os ataques racistas.
“A mulher teria citado suas características físicas e dito que tatuagem em pele negra parecia encardido e que, também, jamais faria tatuagem nela, pois as marcas seriam coisas de escravos e ela não era escrava”, diz a PM.
Fiança
O crime de injúria racial prevê pena de até dois anos de prisão. No caso da professora, a Polícia Civil afirmou em nota que a professora “foi liberada para responder em liberdade, após o recolhimento da fiança. O caso seguirá sob investigação”.
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