[Texto: Camila Farias, Jornal O Estado de MS]
Agentes antigos e modernos relembram desafios e vitórias de quem escolheu dedicar a vida em prol da segurança
A PRF (Polícia Rodoviária Federal), comemora nesta segunda-feira (24), 95 anos de existência e atuação com serviços prestados a sociedade, atuando no combate à criminalidade nas rodovias federais e na educação do trânsito.
A história da PRF, começou no ano de 1928, quando fazia parte do antigo DNR (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem), conhecido atualmente como DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Naquele momento, os agentes atuavam como patrulheiros rodoviários.
Somente após a constituição de 1988, que a corporação foi incluída no rol da segurança pública, com o artigo 144, e se tornou uma das forças de segurança públicas federal, junto a Polícia Federal. Nesse momento, a categoria deixou de fazer parte do Ministério do Transporte e passaram a fazer parte do Ministério da Justiça.
Em entrevista ao Jornal O Estado, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, inspetor Bueno, reforçou que a PRF segue se especializando durante esses anos, principalmente após a inclusão no art. 144.
Ele afirma que um dos maiores orgulhos que carregam até hoje, é da PRF ser uma polícia do povo, pois para que isso fosse possível, houve uma iniciativa popular. “Foram colhidas várias assinaturas e foi entregue isso durante a constituinte para que a polícia rodoviária fizesse parte desse artigo. E hoje aqui estamos comemorando, graças a Deus, noventa e cinco anos de história e de muito trabalho” disse.
O jornal O Estado, conversou também com o Inspetor Serra, que está na corporação há 29 anos e fez parte da primeira turma de formandos da Polícia Rodoviária Federal. Ele destacou os desafios e aslembranças de um tempo em que tudo era diferente para a polícia e o quanto se orgulha de permanecer dentro da corporação por tanto tempo.
“Eu tomei posse dia 11 de julho de 1994, e estar na PRF, para mim sempre foi estar pronto e preparado para conviver e compartilhar com os colegas de diversas partes do país, os momentos bons e ruins. Já tiveram algumas missões, que eu julgava que era quase de impossível, ou que era muito difícil, mas que com dedicação, nós conseguimos fazer”, explica Serra.
Outro ponto citado pelo inspetor, foi a respeito dos maiores desafios na carreira, que ele retrata com muito respeito e gratidão, como em sua primeira missão para trabalhar na fronteira do país. “A PRF trabalha muito no combate ao crime aqui na nossa região, e nessa época eu tinha pouca experiência nessa área, então quando eu cheguei na cidade de Dourados e começamos o trabalho, foi um dos momentos mais desafiadores, um pouco também, pois nós não tínhamos essa estrutura que temos hoje, equipamentos, viaturas, era algo um pouco escasso, mas fizemos o necessário com o que tínhamos para trabalhar e isso é de muito aprendizado para todos da corporação”, declarou Serra.
O inspetor Bueno, complementa ainda que com o passar dos anos, principalmente aqui no Estado, a estrutura da PRF evoluiu muito, tanto nos equipamentos de trabalho, armamento, quanto na tecnologia, cursos de atualização para s agentes, para que possam caminhar em acordo com as mudanças que ocorrem na legislação e em sua atuação como um todo.
“Temos uma atuação bem característica. Nosso trabalho principal, é o trânsito, é o que a PRF faz, mas aqui, até pelas características da nossa posição geográfica, a PRF do Mato Grosso do Sul ela é muito voltada ao combate aos crimes de tráfico de drogas e armas. Se formos fazer um comparativo, das vinte e sete regionais, nós somos a regional mais atuante com relação a esse tipo de crime, o que exige um pouco de expertise e poder contar com bons equipamentos, boas viaturas, treinamentos e claro, os nossos agentes”, destacou Bueno.
REALIZAÇÃO DE UM SONHO
Presente na corporação há pouco menos de um ano, o Inspetor Campos contou ao O Estado, que foi necessário mais de dois anos de estudo para conseguir passar no concurso, ele afirma que sempre teve o sonho de ser policial e que foi necessário abdicar de muitas outras coisas para alcançar o seu objetivo.
“Foram dois anos de sacrifício, deixar de sair com os amigos, sacrificar as vezes algum momento com a família, em prol de um sonho que era o de ser policial. Eu estava estudando para todas as polícias e tive a benção de passar na PRF, o que é um motivo de muito orgulho, por ser uma carreira única, uma coisa que é muito atrativa. Eu aqui [Mato Grosso do Sul] cheguei agora, ainda vou
completar um ano na polícia, mas eu vejo a forma como eu sou tratado, por todos desde o superintendente, até o colega que chegou agora, todo mundo ocupa o mesmo cargo e isso cria um ambiente de trabalho muito legal, mesmo tendo os desafios diários da profissão”, explicou.
Natural de Brasília-DF, Campos, afirma que o primeiro desafio foi mudar de estado e se adaptar à nova realidade. Atualmente ele atua nas ações de educação para o trânsito. “A função também que eu assumi, vem com uma responsabilidade enorme e ainda bem que eu tenho colegas experientes, para poder me auxiliar. Então assim são esses desafios que eu diria que são os maiores, assim, que a gente está enfrentando agora”, disse.
APOSENTADORIA K9 BELLA
A K9 Bella se aposenta após 8 anos de serviço no Estado. Bella ingressou no Grupo de Operações com Cães – GOC – da PRF em 5 de fevereiro de 2015, e tem sido uma guerreira incansável na luta contra o tráfico de drogas aqui em Mato Grosso do Sul, juntamente com seu guia, o PRF Mardini, contribuindo para apreensões expressivas, como ocorrências que retiraram das mãos dos traficantes cerca de 10 toneladas de maconha e de 900 kg de cocaína. Acesse também: Um dos presos na operação do Gaeco disputou eleição de 2020
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