Paulo Cupertino é condenado a 98 anos de prisão por assassinato de Rafael Miguel e seus pais

Foto: divulgação
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Seis anos após um crime que comoveu o país, Paulo Cupertino Matias foi condenado a 98 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do ator do SBT, Rafael Miguel e de seus pais, João Alcisio Miguel e Míriam Selma Miguel. A decisão foi proferida na noite desta sexta-feira (31), após dois dias de julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

O julgamento foi realizado por um júri popular composto por quatro homens e três mulheres, que, por maioria, condenaram Cupertino pelos três homicídios duplamente qualificados, cometidos por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas. A sentença foi lida pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, titular da 1ª Vara do Júri da Capital.

“Os crimes foram cometidos na presença da filha do réu e seguidos de fuga, o que agravou ainda mais a brutalidade do ato”, destacou o magistrado durante a leitura da sentença.

Isabela Tibcherani, e Rafael Miguel – Foto: reprodução/redes sociais

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Cupertino assassinou o ator e os pais do jovem por não aceitar o relacionamento da filha, Isabela Tibcherani, então com 18 anos, com Rafael Miguel, que tinha 22 anos na época.

O crime aconteceu em 9 de junho de 2019, na frente da casa da família de Isabela, na zona sul de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança e relatos da investigação reforçaram a acusação de que o triplo homicídio foi premeditado.

Durante o julgamento, Cupertino negou autoria dos crimes, sustentando uma versão em que teria apenas presenciado os corpos na calçada e visto supostos assassinos fugindo. Disse ainda que não foi à polícia por medo e alegou que não esteve foragido, mas que “viajava a trabalho”.

As investigações revelaram que Cupertino passou por diversos estados e chegou a viver por oito meses em um sítio em Eldorado, no Mato Grosso do Sul, onde era conhecido como “seo Manoel”. Com um documento de identidade falso, usava o nome “Manoel Machado da Silva”, e chegou a obter CPF e cartão do SUS com esses dados, documentos que foram emitidos em Ponta Porã.

Durante esse período, ele manteve uma rotina discreta na pequena cidade, até ser preso em 2022, após mais de mil dias foragido. Desde então, está detido preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Com a sentença, a defesa ainda pode recorrer, mas o réu seguirá preso.

 

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