Em negociação com o Estado, policiais civis buscam por aumento salarial em torno de 30%. O indicativo é de greve em todo o Mato Grosso do Sul por três dias consecutivos, prevista para a semana que vem, caso o governo não cumpra a promessa de colocar a categoria entre os seis primeiros salários do país.
A promessa é feita desde 2016, segundo profissionais da área, que alegam não receber nem o vigésimo melhor salário do país. “Isso foi um compromisso que o governador fez com a categoria, de que estaríamos entre os seis primeiros salários do país. Hoje, para você ter uma ideia, estamos em vigésimo primeiro”, afirma o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa da Silva.
Em dias atuais, o salário bruto inicial dos profissionais é de R$ 5.767,12 bruto mais auxílio-alimentação de R$ 400,00 para os cargos de investigador, escrivão e perito papiloscopista. Para perito criminal e delegado, a quantidade de auxílios, assim como valores, pode variar dependendo do cargo.
Desde sexta-feira (20), em discussão no sindicato, policiais aguardam por contraproposta que seja próxima do valor prometido. “O que o governo fez foi uma proposta que, salarialmente, não mudou muita coisa do que já tinha oferecido. Aí fizemos uma contraproposta ao governo. Protocolamos na quarta (26), junto à comissão de deputados estaduais, que está intermediando”, acrescenta Barbosa. A equipe de reportagem contatou a Sad (Secretaria de Estado de Administração), porém não obteve resposta.
Convivendo com a promessa há mais de 8 anos e em negociação há mais de um mês com o governo atual, o indicativo é de paralisação, ainda sem data específica. Mais de 500 boletins deixarão de ser registrados caso ocorra a pausa pontual. Em funcionamento, apenas serviços emergenciais como prisões em flagrante, medidas protetivas e outros casos urgentes.
Por Ana Cavalcante