Uma das maiores facções criminosas do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) vem se internacionalizando nos últimos anos. O Ministério de Justiça do Paraguai acredita que existem 1.027 membros da organização em presídios do país. A facção brasileira é a segunda do ranking nas prisões locais.
De acordo com dados publicados pelo jornal ABC Collor, do Paraguai, o presídio com mais integrantes do PCC no Paraguai fica na Penitenciária Regional de Ciudad del Este. São 480 prisioneiros ligados à organização criminosa paulista. A região fica na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná. A segunda colocada é Pedro Juan Caballero, a cerca de 300 km de Campo Grande. 70 integrantes do PCC estão confinados na Penitenciária Regional da cidade paraguaia.
A população carcerária no país vizinho é composta por 16.211 presidiários.
O PCC é a maior organização criminosa do Brasil, com atuação principalmente no estado de São Paulo, mas também em todo o território brasileiro. O grupo possui cerca de 30 mil membros, sendo 8 mil apenas em São Paulo.
Situação tensa na fronteira
O PCC busca controlar o tráfico no Paraguai. No país vizinho, o grupo encontrou um lugar estratégico nesse plano de expansão, pois é onde obtém armas e maconha e por onde transita a cocaína que compra na Bolívia e envia para a Europa por portos do Brasil.
Recentemente, a Operação Ágata Oeste 2022, que integra o PEF (Plano Estratégico de Fronteiras) do Ministério da Defesa, foi lançada. Segundo informações repassadas pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), a operação visa reduzir os crimes nessas regiões de fronteira. Nos próximos meses a operação deverá ocorrer por meio de ações nas faixas de fronteira com a Bolívia e o Paraguai.
De acordo com o ministro do Interior, Federico González, é a primeira vez que se atinge essa magnitude e nível de operação combinada, conjunta e interinstitucional e os trabalhos acontecem.
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