Um dos alvos da Operação Terceirização de Ouro, deflagrada na quinta-feira (8).o conselheiro Waldir Neves teria sido flagrado cobrando propina de um empresário dono de uma fornecedora de café e água mineral para o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul).
A PF pediu a prisão dos três, mas o MPF (Ministério Público Federal) foi contra e o ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu pelo monitoramento eletrônico.
Neves, o corregedor- geral Ronaldo Chadid e o presidente Iran Coelho das Neves foram afastados dos cargos por 180 dias e foram obrigados a usar tornozeleira eletrônica. O conselheiro “tinha ciência de que seus assessores cobravam e recebiam recursos de empresários que forneciam insumos ao TCE-MS”. William Yoshimoto já tinha sido alvo da primeira fase da operação, a Mineração de Ouro, deflagrada em junho de 2021. A empresa L & L Comercial e Prestadora de Serviços recebeu R$ 316,1 mil do TCE entre 2018 e 2021.
O pedido de pagamentos começou em 10 de maio de 2021 e, dois dias depois, o empresário realizou uma transferência Pix de R$ 5 mil para William.
A decisão de Falcão cita diversos trechos de relatórios da PF, que teve autorização para monitorar conversas de dois assessores de Neves, João Nercy Cunha Marques de Souza e William das Neves Barbosa Yoshimoto. A dupla era responsável por receber a propina.
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