Uma onça-pintada foi encontrada morta no rio Paraguai no último domingo (20), causando preocupação entre ambientalistas e autoridades. O corpo do animal foi avistado boiando a aproximadamente duas horas de viagem de barco rio acima a partir de Corumbá, conforme confirmou o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), organização que atua na conservação do Pantanal e de sua biodiversidade.
Após receber a comunicação sobre o caso, equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do IHP se deslocaram até a região indicada e localizaram o corpo já nas proximidades de um estaleiro, no perímetro urbano de Corumbá. As causas da morte ainda não foram determinadas, e investigações estão em andamento.
O IHP divulgou nota oficial destacando a importância da ocorrência e oferecendo apoio técnico para a apuração dos fatos. “A onça-pintada é símbolo da biodiversidade brasileira e a morte de um indivíduo da espécie pode gerar diferentes prejuízos para a conservação no médio e longo prazo”, alerta o comunicado.
As autoridades competentes foram notificadas e seguem com os procedimentos de averiguação. A necropsia do animal poderá ajudar a esclarecer se a morte foi causada por causas naturais, acidente ou algum tipo de intervenção humana — como envenenamento ou disparo de arma de fogo, possibilidades que ainda não foram descartadas.
A entidade também ressaltou a importância do envolvimento da sociedade na proteção da fauna pantaneira. “O IHP ressalta a importância do desenvolvimento da ciência, incluindo a ciência cidadã, para aprimorar a coexistência do ser humano com a onça-pintada”, conclui a nota.
A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e está na lista de espécies ameaçadas de extinção. Sua presença é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas do Pantanal, e a perda de um único indivíduo pode ter impactos significativos, especialmente se for uma fêmea em idade reprodutiva.
O caso reforça os desafios enfrentados pela conservação de grandes predadores em áreas de conflito com atividades humanas e levanta um alerta sobre a necessidade de monitoramento mais eficaz e educação ambiental nas regiões ribeirinhas.
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