“Não entendo como ele conseguiu abrir o frasco”, diz pai de menino morto após ingerir 50 comprimidos

Hospital universitário
Foto: Reprodução

Em meio a muita comoção e tristeza, foi realizado na manhã desta sexta-feira (7) o velório do menino de quatro anos que morreu, na quinta-feira (6), após uma semana internado, por ingerir uma grande quantidade de comprimidos, de uso contínuo de seu pai.

A reportagem de O Estado esteve na funerária onde o velório foi realizado, localizada na Rua 13 de Maio, no Centro de Campo Grande, e conversou com o pai do menino, que se identificou apenas como André. O enterro está previsto para às 13h.

De acordo com André, no dia do ocorrido ele estava sozinho com o filho, em casa, enquanto sua esposa estava no trabalho e, ao perceber que a criança havia ingerido os comprimidos, ligou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que chegou ao local cerca de 40 minutos depois.

André disse que entregou o frasco de remédio para os socorristas, em seguida o filho foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário e posteriormente, foi transferido para o Hospital Universitário, onde permaneceu internado até seu falecimento.

“Não entendo como ele conseguiu abrir o frasco, que era difícil de abrir. Não entendo como ele conseguiu engolir tantos comprimidos. Eram 50 comprimidos tarja vermelha, que uso para tratamento de esquizofrenia”, disse André, visivelmente abalado.

Ainda conforme André, durante os dias de internação, ele visitou o menino diariamente, enquanto a mãe esteve o tempo todo no hospital, junto ao filho. Outra informação destacada por André, é de que a criança passou por hemodiálise durante a internação, mas até onde lhe foi informado, não foi feito o procedimento de lavagem estomacal. Entramos em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Universitário, mas até o fechamento da reportagem, não obtivemos retorno.

O casal, que mora em Campo Grande há cinco anos, está muito abalado. André disse se sentir culpado por estar sozinho com o filho e não ter percebido a tempo o que havia acontecido. “Ele será lembrado como um menino querido e arteiro!”

A Polícia Civil investiga o caso para esclarecer as circunstâncias e apurar possíveis responsabilidades.

 

Com informações da repórter Roberta Martins

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