Mulher inventa roubo e é investigada por falsa comunicação de crime em Três Lagoas

Foto: Reprodução
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Na tarde desta sexta-feira (13), uma investigação conduzida por agentes da SIG  (Seção de Investigação Geral) de Três Lagoas revelou que uma mulher de 48 anos mentiu ao registrar um boletim de ocorrência sobre um suposto roubo ocorrido na área central da cidade. O caso, inicialmente tratado como roubo majorado, acabou sendo desmentido após apuração policial.

Segundo a versão apresentada pela mulher na última terça-feira (11), ela teria sido abordada por dois homens que, sob ameaça, a forçaram a realizar compras e efetuar pagamentos via PIX em benefício dos supostos criminosos. A denúncia mobilizou imediatamente a equipe da SIG, que iniciou diligências para identificar os autores.

No entanto, após análise de imagens de segurança e entrevistas com testemunhas, os investigadores encontraram contradições no relato. As compras, conforme apurado, foram feitas pela própria mulher de forma voluntária, em nome próprio, nos estabelecimentos comerciais beneficiados pelas transações.

Ao ser intimada, a mulher compareceu à sede da SIG e admitiu que não havia ocorrido nenhum assalto. Ela afirmou ter registrado o falso boletim por estar com sua saúde mental abalada, em razão da interrupção do uso de medicamentos controlados.

A suspeita foi formalmente ouvida e poderá responder pelo crime de falsa comunicação de crime. Além disso, conforme o andamento do inquérito, ela também pode ser processada por estelionato, caso fique comprovado que a conduta causou prejuízo a terceiros.

O delegado Henrique Cavanha, responsável pela SIG/NRI, alertou que esse tipo de caso tem se tornado cada vez mais comum. Ele destacou os riscos legais de simular crimes: “Falsas comunicações podem resultar em processos por denunciação caluniosa, punida com até oito anos de prisão, ou estelionato, com pena de até cinco anos, quando houver dano a terceiros”, afirmou.

 

 

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