MP pede manutenção da prisão de ‘coach’ que matou o pai a facadas em Campo Grande

Vítima Hugo Abel Heyn - Foto: reprodução/redes sociais
Vítima Hugo Abel Heyn - Foto: reprodução/redes sociais

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu à Justiça a manutenção da prisão de Sahu Abel Heyn, acusado de matar o próprio pai, Hugo Abel Heyn, de 69 anos, a facadas, na noite da última quinta-feira (26), no bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. O crime chocou a comunidade local e teve grande repercussão nas redes sociais, onde o autor se apresentava como “coach” e especialista em inteligência emocional.

Sahu foi preso no sábado (28) por agentes da Guarda Civil Metropolitana quando caminhava pela Avenida Touros Puxian para comprar comida. Ao ser abordado, confessou o assassinato aos agentes e foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol. No entanto, durante o interrogatório oficial, preferiu ficar em silêncio. Questionado se desejava prestar depoimento, respondeu apenas: “Estou organizando o que vou falar”.

A Promotoria defende a manutenção da prisão preventiva com base na gravidade do crime e no risco que o réu oferece à sociedade. “Com a liberdade do indiciado, a garantia da ordem pública estará, claramente, vulnerável, tendo em vista a gravidade dos fatos praticados, o que poderá abalar a credibilidade da Justiça”, afirmou no pedido.

Além disso, o MP destacou os antecedentes criminais de Sahu como indicativos de sua periculosidade. A ficha dele inclui passagens por lesão corporal dolosa, perturbação da tranquilidade no contexto de violência doméstica e pelo menos quatro descumprimentos de medidas protetivas de urgência. Ele já foi condenado por ameaça e desobediência às ordens judiciais.

Segundo as investigações, após matar o pai com golpes de faca no tórax e no braço, Sahu fugiu e teria ido comer, com a intenção de esperar o prazo do flagrante passar antes de se entregar. A cena do crime indica frieza e premeditação.

O histórico de comportamento violento se choca com a imagem que o acusado tentava transmitir nas redes sociais. Sahu se apresentava como “coach” e professor de inteligência emocional. Em seus perfis, publicava frases motivacionais, orientações sobre autoconhecimento e superação, além de vídeos sobre terapias alternativas, oratória e controle das emoções. “Se seus pensamentos são negativos, você reforça padrões que te limitam”, dizia em uma das postagens. Em outra, falava sobre “mudar a mente para alcançar a prosperidade”.

O caso segue em investigação e o pedido de manutenção da prisão será analisado pela Justiça nos próximos dias. Sahu Abel Heyn poderá responder por homicídio qualificado, com agravantes que podem aumentar consideravelmente a pena.

 

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