Justiça concede liberdade provisória a presos da Operação Galeno em Campo Grande

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

Três pessoas presas durante a Operação Galeno, deflagrada pela Polícia Civil em Campo Grande, tiveram a liberdade provisória concedida após audiências de custódia realizadas nesta sexta-feira (22) e sábado (23). A ação investigou um esquema de revenda ilegal de medicamentos controlados, anabolizantes e emagrecedores em grupos de WhatsApp.

O farmacêutico e empresário Hermenegildo Maciel Neto, dono de farmácias, deixou a prisão após determinação do juiz Francisco Vieira de Andrade Neto, que fixou fiança de R$ 10 mil. O valor será pago em três parcelas, sendo a primeira quitada ainda antes da expedição do alvará. Além disso, ele deverá comparecer mensalmente em juízo.

O administrador de salários Theo Vale Sales Lima, preso por tráfico de drogas, também obteve liberdade provisória mediante pagamento de fiança equivalente a dois salários mínimos, parcelada em três vezes — a primeira já paga na sexta, a segunda em 22 de setembro e a terceira em 22 de outubro. Ele também deve manter o endereço atualizado e se apresentar mensalmente à Justiça.

Já Rosângela da Silva, dona de casa, passou por custódia na manhã deste sábado (23). O juiz Aluizio Pereira dos Santos concedeu a liberdade provisória sem necessidade de pagamento de fiança. Assim como os demais, ela terá de comparecer em juízo todos os meses e manter seu endereço atualizado.

A Operação Galeno

Deflagrada pela Decon (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) com apoio de outras unidades da Polícia Civil, a operação cumpriu mandados de busca em 11 locais, incluindo farmácias, distribuidoras e residências.

As investigações, que duraram cerca de um ano, revelaram um esquema de comércio ilegal de remédios controlados, emagrecedores e anabolizantes, negociados em um grupo de WhatsApp chamado “Farmácia Livre”. A polícia também apura a possível participação de médicos no esquema.

Na farmácia de Hermenegildo, além de medicamentos, foram encontrados alimentos vencidos. Uma ordem judicial determinou a interdição do estabelecimento, que foi lacrado pelo Procon com acompanhamento do CRF (Conselho Regional de Farmácia).

Os três investigados já tiveram o alvará de soltura expedido, mas seguem respondendo ao processo. As autoridades reforçam que a venda de medicamentos controlados sem receita é crime grave, com riscos diretos à saúde pública.

 

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