Justiça antecipa julgamento de mãe e padrasto, acusados pela morte da menina Sophia

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online
Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

O juiz Aluízio Santos Pereira, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, antecipou para os dias 21 e 22 de novembro o julgamento de Stephanie de Jesus e seu ex-companheiro, Christian Campoçano, ambos acusados da morte da filha, Sophia Ocampo, de dois anos e sete meses. O casal está preso desde 26 de janeiro de 2023, quando a menina foi levada à UPA do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, já sem vida.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) acusa o ex-casal de submeter Sophia a uma rotina de extrema violência, culminando na morte da criança. O caso, que chocou a cidade, vem sendo acompanhado de perto pela sociedade e pela justiça.

Pedido da defesa negado

A defesa de Stephanie havia solicitado que ela fosse julgada separadamente de Christian, alegando que não teria tempo suficiente para preparar sua defesa. No entanto, o juiz Aluízio Santos Pereira rejeitou o pedido, argumentando que não há prejuízo para a ré, uma vez que os dois desistiram de recursos anteriores que haviam sido interpostos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

O magistrado explicou que, após a desistência dos recursos, o julgamento, que já havia sido adiado de março para o fim do ano, pode agora ocorrer de maneira unificada. “A regra em nosso ordenamento jurídico é a unicidade de julgamento”, afirmou o juiz em sua decisão.

Acusação de extrema violência

Segundo a investigação do MPMS, Sophia foi submetida a maus-tratos frequentes, levando à sua morte. O casal nega as acusações, mas os promotores sustentam que há provas suficientes para demonstrar a violência à qual a criança foi exposta.

Com a data do julgamento definida, familiares, a sociedade e a imprensa aguardam o desfecho do caso, que tem gerado comoção em Campo Grande desde o trágico dia em que Sophia foi levada sem vida à unidade de saúde.

 

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