Investigador é preso após estuprar detenta dentro de delegacia em Sidrolândia

Divulgação/PC
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O investigador da Polícia Civil, Elbenson de Oliveira foi preso em flagrante nessa terça-feira (12), suspeito de estuprar uma detenta, de 42 anos, dentro da delegacia de Sidrolândia, município que fica a 64 quilômetros de Campo Grande. O crime foi denunciado após Elbenson tentar ‘comprar’ o silêncio de outros presos.

Segundo a denúncia dos outros detentos, o policial retirou a vítima de sua cela na segunda-feira (11) e a levou para a Sala Lilás — espaço da unidade policial dedicado ao atendimento de mulheres vítimas de violência de gênero — onde teria feito o abuso sexual.

Conforme o boletim de ocorrência, os detentos, que tiveram o silêncio ‘comprado’ com um celular, solicitaram a presença de uma delegada da cidade. O grupo afirmou estar com um celular, causando o questionamento dos policiais, entretanto eles se recusaram a esclarecer até a chegada da delegada. Para ela, foi informado pelos detentos que eles escutaram a vítima chorando na noite anterior, e que ela contou que havia sido abusada sexualmente pelo investigador.

Os presos disseram que questionaram o suspeito sobre o abuso, e que o mesmo disse que nada havia acontecido, ele também alegou que a vítima estava menstruada e por isso a retirou da cela.

Denúncia

Após ouvirem o relato dos detentos, a delegada realizou atendimento especializado com a vítima. A detenta relatou que o suspeito a retirou da cela dizendo que seu advogado estava na delegacia e que desejava conversar. A vítima também disse que foi levada para uma sala e obrigada a fazer sexo oral de joelhos no policial.

De acordo com a denúncia, o suspeito já havia cometido abuso contra ela cerca de uma semana antes e que, na ocasião, a obrigou a tomar banho depois do estupro e a ameaçou dizendo que se ela contasse a alguém iria atrás dela até no inferno e que ninguém sentiria sua falta.

Os abusos teriam acontecido na Sala Lilás da delegacia e no alojamento dos plantonistas, locais aos quais a presa não teria acesso por conta própria.

Câmeras de segurança

Com os depoimentos, a delegada buscou imagens das câmeras de segurança da delegacia, que confirmaram que o servidor havia retirado a mulher da cela. Uma detenta que dividia cela com a vítima também confirmou que a companheira foi retirada pelo investigador.

O caso foi informado ao diretor de Polícia Civil de Campo Grande, que acionou a Corregedoria para que localizasse o servidor e o conduzisse a uma delegacia.

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