João Augusto confessou ter matado Vanessa Eugênia e a filha Sophie e disse que não se arrepende dos crimes
O assassinato de mãe e filha, encontrado na noite de segunda-feira (26) na região do Indubrasil, na Capital, foi esclarecido nesta terça-feira (27) com a prisão de João Augusto Borges, de 21 anos. Ele confessou ter matado a companheira Vanessa Eugênia, e a filha do casal, Sophie Eugênia, de apenas 10 meses. Depois do crime, ele chegou a publicar em um grupo de desaparecidos no Facebook dizendo que as duas haviam sumido.

Foto: Roberta Martins
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi planejado. João chamou Vanessa para conversar sobre o relacionamento, nisso ela deixou a filha na cama com alguns brinquedos. Durante a conversa, ele imobilizou a companheira com um golpe conhecido como “mata-leão” e a matou. Em seguida, foi até a filha e a estrangulou.
“Ele não queria se separar porque não queria pagar pensão”, relatou o delegado. João e Vanessa estavam juntos havia dois anos e, conforme ele próprio disse em depoimento, o nascimento da criança teria intensificado os conflitos do casal.
Após cometer os assassinatos, João voltou ao trabalho como se nada tivesse acontecido. Por volta das 19h, comprou um galão e R$16 em gasolina em um posto. Mais tarde, enrolou os corpos em cobertores, colocou no porta-malas do carro, foi até um local isolado no Indubrasil e ateou fogo. Horas depois, os corpos foram encontrados carbonizados.

Foto: Roberta Martins
Em um grupo no Facebook, o rapaz publicou que a esposa e a filha estariam desaparecidas desde a tarde de segunda-feira. Ele afirmava que Vanessa teria saído com amigas para ir ao shopping e não retornado.
A polícia conseguiu identificar o autor por meio de imagens de câmeras de segurança, dados de localização do celular e depoimentos. Uma testemunha procurou a delegacia nesta terça e afirmou que João havia dito, dois meses antes, que pretendia matar a esposa e a filha. “Ele perguntou como fazia para amarrar as mãos e os pés dela, e disse que depois ia queimar os corpos”, contou o delegado.
A investigação também encontrou mensagens no celular do autor enviadas antes do crime, nas quais ele dizia que precisava “queimar logo os corpos porque iam começar a feder”.
O caso será tratado como feminicídio duplo. “Ele não demonstrou nenhum arrependimento. Disse que estava bem, que agora dormia melhor”, relatou o delegado. João vai responder por dois crimes de feminicídio e destruição de cadáveres.
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