Um homem de 50 anos foi ferido a tiros após se envolver em uma briga com o vizinho da sua ex-companheira, na noite de quinta-feira (24), no bairro Vila Nasser, em Campo Grande. O suspeito negou envolvimento no tiroteio, mas acabou preso por posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Depac/Cepol, a Polícia Militar foi chamada já na madrugada desta sexta-feira (25) para atender uma ocorrência em um apartamento no Jardim Seminário. No local, os policiais encontraram a vítima caída sobre a cama, com ferimentos de bala e bastante sangue.
A filha do homem, proprietária do imóvel, contou que o pai chegou em casa por volta das 23h20, em estado de choque e afirmando que havia sido baleado. Ele apresentava perfurações no lado direito do tórax e na parte inferior das costas, do lado esquerdo.
A vítima relatou aos policiais que a confusão começou na Rua José Ribeiro de Sá Carvalho, após um desentendimento com o vizinho de sua ex. Durante a discussão, o suspeito teria apontado uma arma em sua direção, o que o levou a fugir do local. Enquanto corria, o homem foi atingido por dois disparos, e afirmou ainda ter sido perseguido por um carro branco, mas não soube identificar o modelo exato.
A PM foi até o endereço indicado, mas o autor já não estava no local. A vítima também não conseguiu informar o ponto exato onde foi atingida, e os policiais não localizaram vestígios da ocorrência.
Durante a apuração, os agentes consultaram o sistema Sigo e identificaram que havia um mandado de prisão em aberto contra o servidor baleado, por violência doméstica. O boletim não informa se ele foi detido, mesmo estando internado.
O homem, que atua como agente de atividades educacionais vinculado à Ageprev (Agência de Previdência de Mato Grosso do Sul), foi levado à Santa Casa, onde permanece internado na ala vermelha.
Já na madrugada, policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) voltaram à região do conflito e encontraram um veículo com as mesmas características mencionadas pela vítima — um Fiat Punto branco. O dono do carro, um agente de segurança de 30 anos, também se encaixava na descrição do suspeito.
Questionado, o homem negou ter feito os disparos, mas admitiu possuir um revólver calibre 22, para o qual não tinha registro nem porte legal. Ele foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo e segue sob investigação por tentativa de homicídio.